O Ipê
O Ipê amarelo
afronta o cinza do dia.
Inútil insistência para que alguém sorria.
Uma grama indecisa não sabe se rebrota.
E o bêbado esconde-se na Sebe.
É só o que se pede.
E é assim que tudo sucede.
Ipê, grama, rebrota e amarelo.
Pouco me importa.
Deixei o Mundo atrás da porta.
Que Deus escreva por linhas tortas,
que se pintem as "naturezas mortas".
Pouco me lixo.
A vida virou um mero capricho.
E que tudo sempre se suceda,
mas que eu nada veja.
É chegado o Armagedon,
escondo-me sob o Edredon
e escuto nenhum som.
Está limpa a Terra.
O Homen foi exterminado
e o Ipê floresce sossegado.
(por Providência Divina)
não deixamos nenhum legado.
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Friday, July 31, 2009 - 14:31
Poesia :
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Comments
Re: O Ipê
"Ipê, grama, rebrota e amarelo.
Pouco me importa.
Deixei o Mundo atrás da porta."
Gostei
:-)
Re: O Ipê
Belo poema. ;-)