Teorema
Teorema
Penetro tremendo inseguro
Numa escuridão dicromática,
Algo pouco claro e ainda menos escuro
Que pintou nos confins de minha alma
Uma indecifrável equação matemática,
Um problema insolucionável e obscuro.
Numa observação por entres as sombras,
Todo o plural das evidências,
Essas coincidências tão hipócritas
Tornam minhas certezas em escombros.
Agora, envolto nesse negrume,
Eu, o descarnador de sentimentos,
Observo, ouço e questiono (o costume)
Todos meus terríveis tormentos;
Ecos de lágrimas descendo no olhar,
Gemidos melancólicos de violinos,
Aguardando que algo nesse desfolhar
Satisfaça os meus pesares vespertinos;
E eis que sinto a resposta:
O Universo, o tema;
A Terra o subtema
E o homem confundindo o teorema.
Bjs e abs
Marco Dias
09/08/09
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Poesia :
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Comments
Re: Teorema
Marco,
E o que somos neste subtema? qual o nosso papel...
gostei de ler... fez-me pensar e despertou-me novas interrogações
Abraço
Breizh
Re: Teorema
...apenas mais uma particula em eterno movimento
com a presunção da inteligencia a tornar-nos superiores...?
Abraço
Re: Teorema
palavras para que, este é estremamente encantador, principalmente, na forma em como tu te expressas. um abraço
Re: Teorema
Na nossa insondável procura pelas respostas, ao enigma da vida, eis que o teu poema dá uma (como somos minúsculos)
Adorei :-)
Bjs
IC
Re: Teorema
LINDO
PARABENS POETA
um abraço
cs
Re: Teorema
Caro Marco Dias,
Gostei. Às vezes tudo parcece ser tão obvio só que nossa mixórdia desorienta a nós mesmos.
"E eis que sinto a resposta:
O Universo, o tema;
A Terra o subtema
E o homem confundindo o teorema."
Abraços.
Re: Teorema
Agradeço o teu comentário.
É mais ou menos isso.
O que prentendo é que o homem possa desconfundir
em vez de o fazer.
Abraço.
Re: Teorema
E a resposta nos suscita novas perguntas...
Enigmático...Gostei...
Re: Teorema
Agradeço o teu comentário.
Quem dera eu ter resposta para as minhas próprias questões.
Quem sabe um dia...
Abraço.