Dança Bêbeda - in - Livro das Horas Vagas

Dança bêbeda

Às vezes sinto-me como um
Submarino na rota irremediável de um
Cruel e mortal torpedo,
E então a minha razão e meu querer
Tornam-se num náufrago
À deriva nas profundezas de meu ser,
Como quisesse andar em frente
Mas ao invés, dançam como bêbedos
Uma estranha dança contemporânea
Onde se magoa quem mais se ama.

São perdão e tudo o que te clamo
Porque o arrependimento e a vergonha
Coabitam nesta expressão medonha
Quando não sou quem me chamo.

bjs e abs

Marco Dias

este poema pertence a um
trabalho editado pela corpos
em Junho deste ano.