JAZ ! - (Ensaio de surrealismo parnasiano)

Aracnídeos e delgados dedos naufragam no ar,
juntos, estalando as juntas, tentando sentir o dia
e rumando tonto rente ao teto, o tato tenta raspar
as moléculas multicores, flutuantes a bailar.

Minha alma solfeja em dó, dolente melodia triste, mortal.
O perfume das flores dormidas penetram doridas a casa
onde o corpo físico, está inerte no instante restante e fatal.
Já descansa no sufrágio de um estágio instigante e final.

A morte, por sorte, é irrelevante e fugaz
como um sorriso que não se decifra no instante.
A vida é apenas um momento doce e falaz.
Um dia no espelho você vai ler: aqui jaz!

J. Thamiel
27.11.16
16:38h

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Sunday, November 27, 2016 - 19:42

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