Morfina
Morfina
E quem diria que a vida seria regida pela Morfina?
Época cretina. Horrores na surdina.
Dizem-me: calma . . . não desanima,
É tão fácil . . . tudo se encaminha . . .
Resta-me um pouco de mão e esse papel;
Talvez o gosto do último coquetel.
Porres distantes . . .
Relembro por instantes
alguns amores plenos, abundantes.
Ou serão repugnantes?
O sol de Platão já não se me destina.
Vultos, vulgos é só o que se me descortina.
Mas calma . . . tudo se encaminha . . .
Tome a Morfina, alivie a sua dor . . .
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Wednesday, August 26, 2009 - 14:24
Poesia :
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