Não te conheço e te procuro
Eu só vi a luz quando escrevia
E mergulhei muitas vezes nas águas,
Nas velhas águas
Que nunca são as mesmas.
Este poderia ser um poema
Sobre um homem que ficou a esperar...
Quem é que é assim tão desprezível
A ponto de não chorar na solidão?
Será que fomos educados com os animais ferozes?
Na última carta
Esqueci-me de mencionar tudo isso.
Como todos os olhos veem a criatura
Armadilhas
Como saber se não vermos a face do animal?
Cale-se e ouça-me:
Não te conheço e te procuro.
Perde-se a criança no silêncio
E os amantes
Sofreram deformações horríveis.
Disseram que tudo isso era apenas
Uma velha maldição dos poetas
E nem os feiticeiros acreditaram...
Foi visto lágrimas
E línguas cheias de melancolias
Proferindo palavras que não podem
Ser celebradas em um poema.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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