Horror Vacui

Horror Vacui
Também meu, é o meu oposto,
Será meu, tudo o que digo,
O silêncio e o silogismo silente,
Que sempre me apoquenta,
Será meu, tudo o que
Dá razão à razão suficiente
Para renunciar ao que venero,
Incluindo mim próprio,
O meu próprio veneno,
As minhas hierarquias, virtudes,
E ideais de falsa modéstia.
No quarto para as duas da vida,
Numa curta tarde d’outono,
Descubro tardio, que a verdade
Parte do real, e não da ilusão,
Talvez o silêncio do vazio,
Suprimisse esta minha inútil voz
Que diz só aquilo que quero s’pero
Ouvir, mortas filosofias, opiniões
Perfeitas, “horror vacui”, angustia
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,
Estranha e muda, tanto quanto
O silêncio que posso, à noite
Ouvir, pois não é da noite que falo,
É do seu oposto igualmente.
Joel Matos 19 Novembro 20/25
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 267 reads
Add comment
other contents of Joel
| Topic | Title | Replies | Views |
Last Post |
Language | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Poesia/General | Água turva e limpa | 28 | 152 | 12/11/2025 - 21:26 | Portuguese | |
| Poesia/General | Escrever é pra mim outra coisa | 26 | 165 | 12/11/2025 - 21:24 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Mãos que incendeiam sóis, | 18 | 40 | 12/11/2025 - 21:23 | Portuguese | |
| Poesia/General | A morte tempera-se a frio | 18 | 65 | 12/11/2025 - 21:21 | Portuguese | |
| Poesia/General | Atrai-me o medo | 33 | 113 | 12/11/2025 - 21:21 | Portuguese | |
| Poesia/General | Não sendo águas | 23 | 99 | 12/11/2025 - 21:20 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Nunca fiz senão sonhar | 27 | 178 | 12/11/2025 - 21:19 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | O Ser Português | 29 | 179 | 12/11/2025 - 21:18 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Sou homem de pouca fé, | 25 | 223 | 12/11/2025 - 21:18 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Às vezes vejo o passar do tempo, | 19 | 45 | 12/11/2025 - 21:17 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Meia hora triste | 19 | 37 | 12/11/2025 - 21:16 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Não fosse eu poesia, | 24 | 90 | 12/11/2025 - 21:15 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | No meu espírito chove sempre, | 27 | 50 | 12/11/2025 - 21:13 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Salvo erro | 19 | 39 | 12/11/2025 - 21:13 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Sal Marinho, lágrimas de mar. | 23 | 44 | 12/11/2025 - 21:11 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | O sonho de Platão ou a justificação do mundo | 20 | 38 | 12/11/2025 - 21:11 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Horror Vacui | 34 | 264 | 12/11/2025 - 21:09 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Dramatis Personae | 20 | 44 | 12/11/2025 - 21:08 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Adiado “sine die” | 20 | 43 | 12/11/2025 - 21:08 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | “Umano, Troppo umano” | 21 | 42 | 12/11/2025 - 21:07 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Durmo onde um rio corre | 20 | 151 | 12/11/2025 - 21:06 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Deito-me ao comprido | 33 | 125 | 12/11/2025 - 21:05 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Me dói tudo isso | 16 | 45 | 12/11/2025 - 21:04 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | “Ave atque vale” | 31 | 69 | 12/11/2025 - 21:03 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Da interpretação ao sonho | 23 | 107 | 12/11/2025 - 21:02 | Portuguese |






Comments
É o que sinto em mim, medo Do
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,
É o que sinto em mim, medo Do
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,
É o que sinto em mim, medo Do
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,
É o que sinto em mim, medo Do
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,
É o que sinto em mim, medo Do
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,
É o que sinto em mim, medo Do
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,
É o que sinto em mim, medo Do
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,
É o que sinto em mim, medo Do
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,
É o que sinto em mim, medo Do
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,
É o que sinto em mim, medo Do
É o que sinto em mim, medo
Do escuro, peculiar, omnipresente,
De que faço parte e me vejo,
Através de uma janela verde,