Frenesi

Ao vislumbrar teu retrato na parede
Uma delinquente saudade arraigou-se em meu peito.
Busquei resgatar lembranças devassas
E o suco destilado banhou-me as faces trêmulas.

Recordei contundentes imagens de nossa paixão voraz
E revivi as ocasiões azadas de um leito pueril.
Na memória o insano desejo se instalava,
Mas já não estavas ali como antigamente.

O tempo consignou uma lembrança frenética
Que naquele instante patenteou meu estado latente;
Os meneios do teu corpo ainda presentes
Sobressaíram-se em desvairosa sintonia angelical.

Não compreendo por que partiste repentinamente,
Se ainda hoje nossas mentes se comunicam em transmissões permanentes.

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Monday, September 21, 2009 - 16:37

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imelo

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Re: Frenesi

Imelo!
Frenesi
Lindíssimo Poema!
Meus parabéns,
MarneDulinski

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