Sem Nome

Peço-lhe que partas, em doses homeopáticas
Às vísceras do meu amor rutilante
Peço-lhe que tragas mais sombras estáticas
Para eternizar a derrota no meu instante

Retilíneo, eu sigo oculto ao teu culto
Das flores, pois, respiro o espinho
Da sublimação fugitiva e ausculto
O buraco central-esquerdo mesquinho

Deste peito pesaroso onde o prazer
É desastroso tal qual o entardecer
Da minha alma triste e sem voz
Que atesta apenas a distância algoz...

E eu sigo ausente pretendendo não ser
A catarse do ato falho atroz.

Submited by

Thursday, October 1, 2009 - 20:27

Poesia :

No votes yet

malentacchi

malentacchi's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 13 years 47 weeks ago
Joined: 06/22/2009
Posts:
Points: 704

Comments

MarneDulinski's picture

Re: Sem Nome

malentacchi!

Sem Nome

Deste peito pesaroso onde o prazer
É desastroso tal qual o entardecer
Da minha alma triste e sem voz
Que atesta apenas a distância algoz...

E eu sigo ausente pretendendo não ser
A catarse do ato falho atroz.
Lindíssimo, meus parabéns!
MarneDulinski

gladysgimenez's picture

Re: Sem Nome

Olá Malentacchi. Só tenho a dizer-te que é lindo, esse inicio "Peço-lhe que partas, em doses homeopáticas" lembrou-me o nosso querido poetinha MÄrio Quintana aqui do RioGrande do SUl- (Brasil) que dizia"se me esqueceres, esquece-me devagarinho!!. Parabéns!! continues a nos propiciar momentos de maravilhosas sublimaçoes poéticas!!Abrasssssssss :-)

Add comment

Login to post comments

other contents of malentacchi

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Sadness Lamúrias 0 1.861 03/21/2011 - 03:53 Portuguese
Poesia/Sadness O Torniquete Atenuado 0 1.954 02/28/2011 - 01:25 Portuguese
Poesia/Sadness Solve et Coagula 0 1.548 02/28/2011 - 01:22 Portuguese
Poesia/Sadness Incompreensível (Como Tantos Outros) 2 1.711 01/26/2011 - 00:13 Portuguese
Poesia/Sonnet O Aviltamento do Verso 0 1.719 01/26/2011 - 00:03 Portuguese
Poesia/Sadness Quando os Espectros Machucam A Carne 0 1.825 01/26/2011 - 00:00 Portuguese
Poesia/Sadness Primaveras Mortas 0 1.737 01/19/2011 - 01:22 Portuguese
Poesia/Sadness Escrita Inferior 0 1.911 01/02/2011 - 19:59 Portuguese
Poesia/Sadness Mais Uma Injúria Afásica Para Os Pronomes Em Primeira Pessoa 0 1.628 01/02/2011 - 19:56 Portuguese
Poesia/Sadness Dificuldades Com o Verso Amaldiçoado 0 1.700 12/26/2010 - 19:57 Portuguese
Poesia/Sadness Exi[s]t-ência 0 1.492 12/26/2010 - 19:55 Portuguese
Poesia/Sadness Entre A Sociopatia E A Filosofia Dos Não Valores 0 2.180 12/22/2010 - 03:13 Portuguese
Poesia/Sadness Uma Alegoria Para As Almas Desgraçadas 0 2.523 12/22/2010 - 03:05 Portuguese
Poesia/Sadness Conclave Para Um Diálogo Entres Sombras 0 2.432 12/22/2010 - 03:00 Portuguese
Poesia/Sadness Sobre a Perversidade e seus Hematoversos 0 2.098 12/21/2010 - 04:52 Portuguese
Poesia/Sadness A Filosofia dos Túmulos 0 2.145 12/21/2010 - 04:50 Portuguese
Poesia/Sadness Da Ínfima Procura 0 2.333 12/21/2010 - 04:49 Portuguese
Poesia/Sadness A Exumação de Todas As Minhas Mortes 0 1.423 12/21/2010 - 04:48 Portuguese
Poesia/Sadness Exurgent mortius at ad me venient (o morto se levante e venha a mim) 0 1.923 12/17/2010 - 04:23 Portuguese
Poesia/Sadness Um Punhado de Versos Fúnebres Para Josef K. 0 2.141 12/17/2010 - 04:21 Portuguese
Poesia/Sadness A Proeminência da Falha 0 1.637 12/17/2010 - 04:19 Portuguese
Poesia/Sadness Ode à Tânatos 0 1.825 12/17/2010 - 04:16 Portuguese
Videos/Profile 855 0 2.193 11/24/2010 - 22:04 Portuguese
Videos/Profile 482 0 2.315 11/24/2010 - 21:58 Portuguese
Videos/Profile 481 0 2.896 11/24/2010 - 21:58 Portuguese