Voltamos ao mundo dos tolos

Os navios a rasgar os olhos... já não há luz, nem água sobre o pensamento, os livros ficaram esquecidos no meio das praças, das igrejas, das prisões. Agora só os olhos doentes se baixam a essas leituras mortas. Voltamos ao mundo dos tolos, a caixa quadrada continua em acção. O grande cómico é apenas um boneco sem olhos. Vamos ouvir o padre borga a cantar uma canção acompanhado por um tilintar de moedas. Hoje é natal há estupidez e sorrisos no ar, depois tudo volta ao normal, a estupidez volta ao que era e o menino jesus pode dormir em paz.

Lobo 09

Submited by

Thursday, December 17, 2009 - 16:30

Poesia :

No votes yet

lobo

lobo's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 7 years 13 weeks ago
Joined: 04/26/2009
Posts:
Points: 2592

Comments

cecilia's picture

Re: Voltamos ao mundo dos tolos

Lobo,

Também não sou muito fã do natal, será que as pessoas se lembram o que se comemora nesta data? ou lembram apenas dos presentes a serem trocados?

Adorei ler teu poema retratas bem a verdade, que bom se todo o dia fosse Natal, quem sabe as pessoas que estão a viver em condições minimas de vida pudessem ter melhor oportunidade.

Parabéns
Cecilia Iacona

MarneDulinski's picture

Re: Voltamos ao mundo dos tolos

LINDO POEMA, GOSTEI!

gostei muito, MarneDulinski

CarmenLuMiranda's picture

Re: Voltamos ao mundo dos tolos

" Voltamos ao mundo dos tolos, a caixa quadrada continua em acção."

Tudo volta ao normal, apesar de que o normal é anormal.

Bom, muito bom!

Abraços

Add comment

Login to post comments

other contents of lobo

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Prosas/Thoughts a palavra dentro do corpo 0 2.495 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Others Não estava nos livros essa angustia 0 2.286 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Thoughts Há aquele momento em que o gesto decide criar o mundo 0 1.953 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Others Por cima do muro 0 2.733 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Contos A nuvem que é um anjo e que me quer levar para casa 0 1.564 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Thoughts A fragilidade do mundo 0 1.579 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Others desassunto 0 2.493 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Ficção Cientifica O desafinador de criações 0 2.717 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Others Os meus gastos dias 0 1.471 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Others Deitou-lhe terra sobre os pés 0 1.915 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Others gatos entre paginas 0 1.276 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Prosas/Contos Vais começar a voar 0 1.625 11/18/2010 - 23:47 Portuguese
Poesia/Aphorism O que se pode fazer quando a noite dorme no teatro 0 2.120 11/18/2010 - 16:32 Portuguese
Poesia/Aphorism Em s Bento ou água benta ou atrevimento 0 2.369 11/18/2010 - 16:27 Portuguese
Poesia/Aphorism Os soldados mostram ás estrelas ferimentos de guerra 0 2.965 11/18/2010 - 16:27 Portuguese
Poesia/Aphorism o entendimento completo da morte. 0 1.184 11/18/2010 - 16:15 Portuguese
Poesia/Aphorism O corpo cansado descançou nos livros 0 1.726 11/18/2010 - 16:15 Portuguese
Poesia/Dedicated Agora é a água dentro dele que canta 0 1.588 11/18/2010 - 16:08 Portuguese
Poesia/Comedy Faço a barba com a caligrafia dos poemas 0 1.176 11/18/2010 - 16:01 Portuguese
Poesia/Aphorism Esclarecimento 0 2.554 11/17/2010 - 23:41 Portuguese
Poesia/Comedy Anda alguem a desacertar o relogio do mundo parte 2 0 1.512 11/17/2010 - 23:41 Portuguese
Poesia/Aphorism Na rua havia homens feridos 1 1.303 09/16/2010 - 16:32 Portuguese
Prosas/Letters Carta 1 3.535 09/15/2010 - 21:31 Portuguese
Poesia/Aphorism Quebrasse o frágil vidro do relógio, 2 2.554 09/11/2010 - 01:52 Portuguese
Poesia/Aphorism Quero ouvir outra vez 1 1.612 09/10/2010 - 03:52 Portuguese