Lobisomen encarnado.
Só me perturba e me deixa
Incomodado, você diz,
ser o que não é, seu desagradável
Adeus! Eu nunca te quiz
Não nunca mesmo,
por isso se torna um desprazer
Somente um maldito desprazer
Sou a criatura lobisomen,
Amaldiçoada, condenado a isso
Sem valor indolor a facadas
E a outros intrusos
Vento assasino que traz
Viajantes procurando,
pelo meu sangue
Eu dilacero cada incomodo
Que meu peito expulsa
desejos gelados que
acedem o medo de quem
fraqueja sobre o meu uivo
Lua cheia minha visitante
não me deixa solitário
Uivo apenas por ti, não pelo resto
Varios quilometros pela noite
Em vastas imensidões pela floresta
A procura pelo meu alimento
O corpo de seres que estão no lugar errado
Expelindo ódio e em carne sangrento
Minhas garras não te atigem
Vento da noite, apenas de você
Não posso livrar-me, partilha comigo
A raiva, observa tudo o que faço
E sempre é um incómodo
Um maldito incómodo
Que perscruta meus atos
Até a bala de prata entrar no meu peito.GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
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Re: Lobisomen encarnado.
Lembrou-me de um livro que li, sobre são Francisco, sobre um lobo que aterrorizava a cidade, São Francisco com seu dom e com sua amorosidade, integrou o pobre e faminto lobo na inconsciente sociedade. Quem sabe com um afago, em letras, não trago este lobo para a felicidade?
Grande abraço,
lobo de poético traço.
Re: Lobisomen encarnado.
fugazmisantropo,
Fico a refletir quantos de nós possuem um lobisomem encarnado, talvez escondido, mas que surge a cada ato inpensado, a cada palavra amargurada, a cada "dentada" dada por inveja, insegurança, egoísmo e tantos outros sentimentos... Quantas vezes tentamos dominá-lo, derrotá-lo dentro de nós, ou, talvez, não sejamos consciente, mas penso que este "bicho" tem morada em toda gente!
Grande abraço.
Re: Lobisomen encarnado.
LINDO POEMA, GOSTEI NÃO ME ASSUSTEI, TENHO VACINA CONTRA LOBISOMEN!
MEUS PARABÉNS,
MarneDulinski