Todos os dias acordas para o trabalho que nao queres.

Todos os dias acordas para o trabalho
que nao queres.

Todos os dias adormeces porque o amor que nao tens
é o cansaço que finges.

Todos os dias beijas os teus filhos mecanicamente, os teus vizinhos julgam-te feliz e exemplar, és feliz nos dias em que è suficiente ser-se feliz e triste nas tardes de futebol e religiao. Mais do que isto è poesia e pensar è uma coisa perigosa.

Todos os dias engoles o mesmo cafè sujo
e apanhas na cara com a mesma noticia, lês sempre os livros mais vendidos, citas dos mesmos as mesmas banalidades e julgas-te o super heroi da intelectualidade.

Todos os dias finges como se fosse tao verdade que nem dàs conta que ficas nu. Todos os dias fazes igual porque pensar incomoda.

Lobo

Submited by

Tuesday, June 15, 2010 - 04:14

Poesia :

No votes yet

lobo

lobo's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 6 years 34 weeks ago
Joined: 04/26/2009
Posts:
Points: 2592

Comments

Clarisse's picture

Re: Todos os dias acordas para o trabalho que nao queres.

A rotina e comodismo fornecem uma relativa sensação de segurança, ao que as pessoas sentem-se melhor com "mais do mesmo", do que em questões de essência, deixando-se levar com medo dos julgamentos da sociedade... esquece-se o que mais importante é. Adorei o texto...!
Beijo,
Clarisse

AnaCoelho's picture

Re: Todos os dias acordas para o trabalho que nao queres.

Um retrato fantástico do quatidiano, a rotina que cega...adorei

Beijos

nunomarques's picture

Re: Todos os dias acordas para o trabalho que nao queres.

Sempre instigante ao pensamento de quem lê. Muito bom.

Abraço
Nuno

mariacarla's picture

Re: Todos os dias acordas para o trabalho que nao queres.

Na rotina diária de acomodar o corpo e a mente
as mudanças incomodam e... são trabalhosas ao pensamento. ;-)

Beijinho

Carla

Add comment

Login to post comments

other contents of lobo

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Dedicated Quando o sol se derrete 0 1.923 12/27/2011 - 19:14 Portuguese
Poesia/General Eu não sei nada 0 1.533 12/27/2011 - 15:15 Portuguese
Poesia/Dedicated Com fome não se faz a sopa 1 1.514 12/26/2011 - 18:39 Portuguese
Poesia/Dedicated Ó sol preciso dos teus raios 1 931 12/26/2011 - 18:29 Portuguese
Poesia/Aphorism Ao redor do fogo 0 951 12/26/2011 - 15:50 Portuguese
Poesia/General Atrás da porta eu fico 0 858 12/24/2011 - 18:34 Portuguese
Poesia/Dedicated Não vou ficar com a tristeza 0 853 12/23/2011 - 14:48 Portuguese
Poesia/General Como se faz a casa 0 1.305 12/23/2011 - 11:52 Portuguese
Poesia/General Aquece as palavras 0 963 12/19/2011 - 16:03 Portuguese
Poesia/General Esperamos a solidão 0 926 12/17/2011 - 21:29 Portuguese
Poesia/Dedicated Agora já não vou fazer planos 0 678 12/16/2011 - 12:43 Portuguese
Poesia/General Dentro das páginas 1 1.161 12/16/2011 - 03:19 Portuguese
Poesia/General Carta 0 1.002 12/15/2011 - 15:36 Portuguese
Poesia/General O mar vê-se dos teus olhos 1 835 12/15/2011 - 00:41 Portuguese
Poesia/General A cidade... 0 1.046 12/14/2011 - 17:19 Portuguese
Poesia/General Nós fazemos a viagem 0 985 12/13/2011 - 11:50 Portuguese
Poesia/Intervention O mar é o teu animal 0 1.022 12/05/2011 - 01:08 Portuguese
Poesia/Dedicated Na poesia do prato da fruta 0 1.102 12/05/2011 - 00:06 Portuguese
Poesia/Aphorism O barro moldado na transpiração 0 1.229 11/30/2011 - 18:23 Portuguese
Poesia/Aphorism Agora nada me está faltando 0 1.263 11/30/2011 - 12:23 Portuguese
Poesia/Intervention O velho caminho ferroviario 0 2.226 11/29/2011 - 12:37 Portuguese
Poesia/Song A árvore que está no meio 0 1.053 11/27/2011 - 21:41 Portuguese
Poesia/Dedicated se a água corta-se 0 1.147 11/27/2011 - 21:37 Portuguese
Poesia/General Dá-me o teu lado inquieto 0 1.000 11/23/2011 - 17:19 Portuguese
Poesia/General Se tu soltares a lua 3 1.532 11/22/2011 - 20:28 Portuguese