Dó... Ré... Mim...
Já não existem flautas no meu olhar de violinos...
A musica partiu e deixou o roupeiro vazio,
anos e anos de vida em comum e agora parte,
sem se despedir...
Gostava de a ouvir dentro de mim,
uma vez mais, no seu tom de som desafinado...
Mas há um maestro cansado que envelhece
e se esquece das partituras...
Não há sinfonias de caos,
nem melodias melodramáticas,
nem revoltas estáticas em greves breves...
Apenas um duro e surdo silencio imenso
dentro de tudo aquilo de mim
que era uma orquestra...
Nem dó, nem sol, nem lá...
Aqui, apenas a escuridão indolor do silêncio.
Inês Dunas
Libris Scripta Est
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Wednesday, August 18, 2010 - 00:47
Poesia :
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Comments
Re: Dó... Ré... Mim...
Pimba! Que grande aflautada… O vazio, demonstrado pela ausência da musica. Um cheio de silêncio.
Descreves um vazio ímpeto, altivo e até mesmo (incoerentemente) cheio de música, estou a ser controverso, mas ouve-se melhor na quietude, sabe-se-lhe do sabor, intensamente mais sentido, na ausência, na perda.
Adorei ler-te o vazio, a fuga das flautas.
Um Abraço Grande!
Re: Dó... Ré... Mim...
Na falta da musicalidade no significado do teu poema, trazido pelo vazio da partida, ficam as notas da tua poesia, que continuam a entoar à espera da volta do maestro, para no conteúdo se fazer voltar a notar.
Lindo Libris!
Beijo,
Clarisse
Re: Dó... Ré... Mim...
Não há notas de música quando o vazio se instala.
A surdez dos sentidos amordaça.
Mas haverão novos dias...quando o roupeiro for para outra casa, para outras mãos e no seu lugar outra coisa qualquer, mesmo que seja nada o encher.
Gostei do poema.
:-)
Re: Dó... Ré... Mim...
Agora que trouxe a harmónica, agora que me salta um Blues, e aRose até vem cantar uma canção de embalar, não queres ?
E os doces acordes, para crescerem em Encores?
Bate palmas com vontade, faz de conta que és Turista...
Re: Dó... Ré... Mim...
Há notas que se esquecem que existem, quando acopladas a um silêncio bom. Resguarda-te nele e traz boas novas para eu incluir no meu também, silêncio
bjs
Re: Dó... Ré... Mim...
Teremos sempre... Ne me quittes pas...
beijo.
Re: Dó... Ré... Mim...
Um retrato do vazio, numa
moldura, quebrada...
Gostei, de ler.
:-)