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A prisão envidraçada...
A prisão envidraçada…
A flor despia-se pétala a pétala,
como se peças de roupa deslizassem pelo corpo nu...
As folhas, que eram braços,
cobriam-lhe o caule em gestos frágeis de pudor,
era agora apenas um vara ténue erguida ao vento sem orgulho nem viço...
Estava cansada de ter os olhos invejosos do mundo postos na sua beleza, agora sem o esplendor das pétalas coloridas sentia-se mais feliz, mais invisível e vulgar... Sempre quis ser vulgar, como a relva que se perde na multidão, sem destaque que a distinga, mas quis o destino que fosse flor e de todas a mais bela, a sua beleza era tão perfeita que a tornou imaculada, nem os pássaros se alimentavam do seu pólen por medo de violarem ou destruírem tamanha perfeição...
Toda a sua vida sentiu-se dentro de uma redoma de cristal sufocante, admirada por todos mas sem ser tocada por ninguém, a beleza tornara-se uma prisão que a impedia de sentir os afectos...
Agora, despida dos conceitos, que a aprisionaram
tanto tempo, sentiu-se verdadeiramente feliz e parte do resto do mundo...
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