Despedida
Despedida
E tudo escuro ficou
Uma tontura, uma boca amarga
O chão fugiu dos pés, o sonho agonizou
Ondas gigantes, barco que naufraga
Abrir mão de respirar
Quem faz tal loucura?
Quem tem a ousadia?
Fica a amargura
De quem amou mais que podia
Perdida, inerte e em letargia
Semi-morta, nem ri, nem chora
Apenas vê indo embora
Quem mais queria que ficasse
E sem lutas se rende, se deixa cair
Queria gritar, mas se calou
O olhar de dor a feriu, dilacerou
Queria fugir mas pedra se tornou
Queria morrer, mas sobreviveu
Para o seu tormento, ele ainda se virou
A mão estendeu
A lágrima escorregou
Ela fingiu não ver
Chorar o homem que mais amou
Nem o sonho falecer
Sabia, não era para ela
Era muito, mais que podia merecer
Um dia até acreditou
Sentiu esperança
Riu feito criança
E enfim, acordou
Para renunciar
A quem não podia amar
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Comments
Re: Despedida
Gisa, está fantástico. As despedidas têm destas coisas.
Abraço
Re: Despedida
Adorei a harmonia, a conjugação das palavras, as formas demonstradas, num poema duro!
Muito representativo, no entanto com peso e medida certos.
É certamente, dos teus que li, este o que mais gostei.
Fiquei surpreso, simplesmente por não esperar encontrar assim desta forma, uma despedida (que é sempre amarga) tão prazenteira de ler.
Fenomenal! Gostei muito.
Um Abraço, Gisa.
Pedro
Re: Despedida
Um dos teus melhores poemas ( trabalhos), numa suavidade e numa melodia intensa.
Surpreso, não com o talento pois realmente o tens, mas acima de tudo surpreso pela perfeição de sentimentos no seu todo.
Olha,favoritos.
Re: Despedida
:((((((((((((((((((((((((((((((((((((
Dos mais belos poemas teus q ja li, querida Gisa, no entanto o mais triste e doído de todos...
Só te posso deixar um abacinho apertadinho e milhões de beijinhos em ti...
Inês