Asclepio: O deus da Medicina (Parte I) - Dia dos Médicos
Parte I – Asclépio - o deus da Medicina
Poucos mitos da história grega,
em sua gênese e evolução,
foram cultuados tão de perto,
como o de Asclépio (Ἀσκλήπιος),
- deus grego da Medicina -
Homero no clássico “A Ilíada”
menciona em sua exemplar odisséia
“os dois médicos aqueus que foram a Tróia
eram filhos do tessaliano Asclépio”
Décadas mais tarde, Hesíodo
considera Asclépio como filho de Apolo
Há evidências arqueológicas de que Asclépio
já era cultuado no Peloponeso (400 AC)
Píndaro, na III Pítica relata a lenda de seu nascimento.
Coronis, filha do lápita Flégias
e irmã de Ixion foi amada por Apolo
e dele esperava um filho.
Antes de dar à luz, no entanto,
teve uma aventura com Ísquis, um simples mortal.
Apolo encolerizou-se ao saber da traição e pediu à irmã,
Ártemis que matasse a amante infiel com uma flecha.
Apiedou-se, no entanto, da criança,
e retirou-a do ventre da mãe antes que as chamas
da pira funerária a consumissem.
O menino, Asclépio, foi então levado
Ao centauro Quíron para ser educado.
Asclépio aprendeu rapidamente a medicina e se tornou capaz
de curar praticamente todas as doenças e traumas.
Entretanto, depois de algum tempo
começou a ressuscitar os mortos,
e aí Hades foi se queixar a Zeus,
pois seu reino estava ficando vazio.
Para que a ordem natural das coisas não fosse conturbada,
Zeus fulminou Asclépio com um raio,
Mas, em reconhecimento aos seus méritos
Acolheu-o entre as divindades.
Com o tempo, a lenda de Asclépio
Tornou-se rica e bastante popular
Além de Podalírio e Macaon, já citados na Ilíada,
a ele eram atribuídas várias filhas,
Elas o auxiliavam em sua atividade curadora:
Acesó e Iasó, a cura;
Panacéia, a cura universal;
e Hígia, a saúde.
Assim, Asclépio passou a ser
cultuado em muitos lugares,
e muitos de seus templos (Templos da Cura)
estavam associados à cura de doenças.
(em um próximo texto, falaremos dos Templos da Cura)
AjAraújo, o médico e poeta humanista, homenageia o Dia do Médico, 18/10/2010.
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 9693 reads
Add comment
other contents of AjAraujo
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Intervention | Negação - poesia angolana (Agostinho Neto) | 0 | 5.878 | 07/19/2011 - 11:17 | Portuguese | |
Poesia/Love | Arte Final (Affonso Romano de Sant'Anna) | 0 | 4.466 | 07/19/2011 - 02:18 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | O Livro sobre Nada (Manoel de Barros) | 0 | 2.139 | 07/19/2011 - 02:17 | Portuguese | |
Poesia/Love | Soneto (Luís de Camões) | 0 | 951 | 07/19/2011 - 02:16 | Portuguese | |
Poesia/Love | Melodia do Amor | 0 | 3.551 | 07/19/2011 - 00:36 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Ser Palhaço - poesia angolana (Lili Laranjo) | 0 | 6.282 | 07/19/2011 - 00:27 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Esperança - poesia angolana (Lili Laranjo) | 0 | 4.352 | 07/19/2011 - 00:25 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Coragem - Poesia Angolana (Lili Laranjo) | 0 | 3.114 | 07/19/2011 - 00:23 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Como fazer para viver - Poesia Angolana (Lili Laranjo) | 0 | 2.307 | 07/19/2011 - 00:16 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Aqui e Agora - Poesia Angolana (Lili Laranjo) | 0 | 5.042 | 07/19/2011 - 00:14 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O tempo dentro do espelho (Thiago de Mello) | 0 | 1.745 | 07/19/2011 - 00:08 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Máscara | 0 | 1.471 | 07/18/2011 - 21:25 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Memórias | 0 | 1.441 | 07/18/2011 - 21:24 | Portuguese | |
Poesia/Acrostic | Medo | 0 | 1.936 | 07/18/2011 - 21:22 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | O tempero da experiência | 0 | 1.846 | 07/18/2011 - 11:50 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | O valor da escrita... | 0 | 3.139 | 07/18/2011 - 11:48 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O trabalho e sua humana dimensão | 0 | 2.387 | 07/18/2011 - 11:47 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | O tempo implacável (El tiempo implacable) | 0 | 2.308 | 07/18/2011 - 11:45 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | O vôo da gaivota | 0 | 783 | 07/17/2011 - 17:01 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Olhares, Alhures | 0 | 3.264 | 07/17/2011 - 16:59 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Os portais da mudança | 0 | 1.397 | 07/17/2011 - 16:56 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Onde estás? | 0 | 3.200 | 07/17/2011 - 16:54 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Decálogo do Artista (Gabriela Mistral) | 0 | 2.212 | 07/17/2011 - 13:12 | Portuguese | |
Poesia/Sonnet | Canção das meninas mortas (Gabriela Mistral) | 0 | 3.537 | 07/17/2011 - 13:11 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | A Casa (Gabriela Mistral) | 0 | 5.572 | 07/17/2011 - 13:06 | Portuguese |
Comments
Asclépio, o deus da medicina.
A arte de cuidar, de tratar as feridas do corpo, da mente e da alma, é uma arte que lida com o imponderável da vida, o que se traduz em profundos atos de dedicação à humanidade, paradoxalmente tem se transformado em um produto de mercado, a vida tratada como mercadoria... infelizmente.