Cancioneiro - Sorriso audível das folhas
Sorriso audível das folhas
Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?
Fonte: http:// www.ciberfil.hpg.ig.com.br
Submited by
Tuesday, October 6, 2009 - 16:49
Poesia Consagrada :
- Login to post comments
- 4039 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of FernandoPessoa
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Esta espécie de loucura | 0 | 1.180 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Feliz dia para quem é | 0 | 902 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Flor que não dura | 0 | 790 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Foi um momento | 0 | 900 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Fosse eu apenas, não sei onde ou como | 0 | 903 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Fresta | 0 | 627 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Fúria nas trevas o vento | 0 | 2.217 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - É brando o dia, brando o vento | 0 | 1.329 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Ela canta, pobre ceifeira | 0 | 1.277 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Ela ia, tranqüila pastorinha | 0 | 810 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Elas são vaporosas | 0 | 562 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Em Busca da Beleza | 0 | 846 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Em horas inda louras, lindas | 0 | 1.066 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Emissário de um rei desconhecido | 0 | 857 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Além-Deus | 0 | 997 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Entre o bater rasgado dos pendões | 0 | 1.227 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Entre o luar e a folhagem | 0 | 816 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Entre o sono e sonho, | 0 | 493 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Eros e Psique | 0 | 796 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Dá a surpresa de ser | 0 | 1.682 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Da minha idéia do mundo | 0 | 1.164 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - De onde é quase o horizonte | 0 | 892 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - De quem é o olhar | 0 | 783 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Ditosos a quem acena | 0 | 1.282 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Dizem que finjo ou minto | 0 | 1.139 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese |
Comments
Sinto saudade do que não sou,
Sinto saudade do que não sou,
O que vês é nada, esqueci
O pensar como fosse palha
Ao vento, como vês deixei
De ser outro pra tornar ao nada
Que sempre fui, esqueci por
Momentos que o nada basta
E sempre fui e serei o quanto
Sinto saudade de quem sou
Normalmente, um nada eu todo
Um todo-nada eu, nem mais
Nem menos que um morto-vivo
Sempre, o plural de nada ou
A definição nítida de um vazio qualquer,
Sem expressão, quanto à minha vista
Lei ou justiça, quem dera não ser
Nem formar sombra na rua
Em redor do rosto banal, estúpido
Embrulho de um insatisfeito,
Sinto saudade da realidade
Construída a brincar, do brilhar
Dos pastos lá fora quando há lua,
Para quê pensar se a forma é humana
Que o espelho tem, vulgar
Quanto a justiça e a lei, importância
Nenhuma pois ainda não sou
Ideia absoluta baseada no que creio
Ser, sou a noção que alguém teve d'mim
Outrora e antes e em mim mora rente,
E eu esse sou, sinto.
Jorge Santos (06/2017)
HTTP://namastibetpoems.blogspot.com