Cancioneiro - Sorriso audível das folhas

Sorriso audível das folhas

Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.

Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.

Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?

Fonte: http:// www.ciberfil.hpg.ig.com.br

Submited by

Tuesday, October 6, 2009 - 16:49

Poesia Consagrada :

Average: 5 (1 vote)

FernandoPessoa

FernandoPessoa's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 14 years 23 weeks ago
Joined: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Comments

Joel's picture

Sinto saudade do que não sou,

Sinto saudade do que não sou,
O que vês é nada, esqueci
O pensar como fosse palha
Ao vento, como vês deixei

De ser outro pra tornar ao nada
Que sempre fui, esqueci por
Momentos que o nada basta
E sempre fui e serei o quanto

Sinto saudade de quem sou
Normalmente, um nada eu todo
Um todo-nada eu, nem mais
Nem menos que um morto-vivo

Sempre, o plural de nada ou
A definição nítida de um vazio qualquer,
Sem expressão, quanto à minha vista
Lei ou justiça, quem dera não ser

Nem formar sombra na rua
Em redor do rosto banal, estúpido
Embrulho de um insatisfeito,
Sinto saudade da realidade

Construída a brincar, do brilhar
Dos pastos lá fora quando há lua,
Para quê pensar se a forma é humana
Que o espelho tem, vulgar

Quanto a justiça e a lei, importância
Nenhuma pois ainda não sou
Ideia absoluta baseada no que creio
Ser, sou a noção que alguém teve d'mim

Outrora e antes e em mim mora rente,
E eu esse sou, sinto.

Jorge Santos (06/2017)
HTTP://namastibetpoems.blogspot.com

Add comment

Login to post comments

other contents of FernandoPessoa

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Dizem? 0 963 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Dobre 0 673 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Dorme enquanto eu velo... 0 1.475 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Dorme, que a vida é nada! 0 996 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Dorme sobre o meu seio 0 998 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Do vale à montanha 0 1.143 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Durmo. Se sonho, ao despertar não sei 0 932 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Cansa Sentir Quando se Pensa 0 1.272 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Cerca de grandes muros quem te sonhas Conselho 0 1.366 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Cessa o teu canto! 0 1.233 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Chove. É dia de Natal 0 799 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva 0 1.302 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Chove ? Nenhuma chuva cai... 0 1.193 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Começa a ir ser dia 0 1.122 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Como a noite é longa! 0 1.323 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Como inútil taça cheia 0 1.710 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Como uma voz de fonte que cessasse 0 1.581 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Conta a lenda que dormia 0 1.179 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Contemplo o lago mudo 0 1.176 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Contemplo o que não vejo 0 1.081 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Aqui onde se espera 0 1.434 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - As horas pela alameda 0 893 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - As minhas Ansiedades 0 1.097 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Assim, sem nada feito e o por fazer 0 907 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - As tuas mãos terminam em segredo 0 615 11/19/2010 - 16:55 Portuguese