Amonte
Abarrota o meu peito, num campo claro,
O cheiro dos fenos, todo me rendo, aos montes
Subindo as colinas, bebendo em renascidas fontes.
No canto d’este olho, uma lágrima d’avaro,
Tal regato de Agua, preso á cintura, trago
Saudoso e oiço flautas, apenas, segredar
Silêncios intensos, nas palavras de ar,
Que me inundam e alargam o fôlego,
Nesta erva viçosa, que me solta e prende,
Dispo-me de conceitos e finjo dela fazer parte,
E já não sou eu quem foge, sou levado
A monte, Carpindo fogo e suor, suave e cálido,
Sou a montanha que me foge, na tarde.
Jorge Manuel Mendes Dos Santos
(2010/01)
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Tuesday, December 22, 2009 - 01:57
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 6111 reads
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Sonhei-me sonhando, | 17 | 338 | 02/12/2024 - 17:06 | Portuguese | |
Poesia/General | Por onde passo não há s’trada. | 30 | 289 | 02/18/2024 - 21:21 | Portuguese | |
Poesia/General | Pra lá do crepúsculo | 30 | 239 | 03/06/2024 - 12:12 | Portuguese |
Add comment