O CORPO QUE LHES VEJO

Em quantas quís, escrevi
Não nasceram para subir ao palco
Foi do fogo, que me queima e sorri
Só no peito quiséra falar mais alto...
Foi alto que lhes subi
De canto em campo, da terra ao mar
No rosto lhes acudi
As vozes, deixei-as falar;
Falavam das águas passadas
Que em novos moinhos vão cantar
E das águas tão bem contadas
Pesadas, em lágrimas de outro chorar;
Certo choram de outra maneira:
Choram nos póros do sangue velho;
Carregam no dorso essa canseira
As lágrimas, são o corpo que lhes vejo.

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Thursday, April 8, 2010 - 12:58

Ministério da Poesia :

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antonioduarte

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