BALADA DAS PALAVRAS

Palavras, leva-as o vento
Leva-as o tempo também...
Que o vento, novas trás ao pensamento
E o tempo, dirá: O que elas têm.

Muitas delas são gabádas;
Babádas no coração
Outras quebram em fachadas
Erguem muros de solidão

E quantas, de mão fechada
Marcam alto, voz ferida:
Doi-lhes a cara laváda...
- Rompem a porta da vida...

Do futebol me lembrei
e da bola que é redonda...
Olhei o Mundo e chorei...
Fugi na alma da pomba

Pomba triste enchovalhada,
Saltando só numa perna;
Com uma asa quebrada...
Chora ao sol, que a governa

O tempo está-me a chamar
Sem saber de onde vem
Nem preciso perguntar
Para saber o que `ele` tem.

Já suspirei um pedáço
Já me cansei de falar
Com olhos limpo o terráço
No papel o faço entrar.

A letra vê-se na acção
As palavras entretêm...
Caridade no coração
Uma mão para mais alguém...

Chega a hora da luva branca
Começa o trãnsito a rodar...
Bate no peito esperãnça...
Até as flores querem chorar.

Flores sílvestres nascidas
Florescem na sua dor...
Tomára quem aos Homens prometida
Para lhes ensinar esse amor.

Águas doces e amargas
Unem-se no leito do amor
Nascem quentes e salgadas
Correm para alimentar essa flor.

O amor é esse brilho
Quando a vida se apaixonar
Como Mãe dá luz ao filho
Dando a Deus um novo olhar

Fui ao recreio redondo
Num passo para cada lugar
Vou para lá,venho ao retorno
Sem sair do mesmo andar.

Teu geito nmexe comigo
Parte de mim é teu dom
Grande parte, teu abrigo
E de irmão, bom amigo.

Vou-te levar daqui
Para um sonho de lugar
“Vou esconder-me de mim”
Amar, amar amar.

A terra já anda a dançar
Com o consumismo exajerado...
Gásta-se mais do que ela pode dar
No princípio do futuro esgotado.

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Tuesday, April 13, 2010 - 07:05

Ministério da Poesia :

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antonioduarte

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