A Voz Não Foge ao Fado

Por aqui se passa o tempo
Com histórias de futebol
Uns que sofrem no pensamento
Outros imaginam a barriga ao sol
As causas desses momentos
São icaras dos sofrimentos
*
Uns poluem as esquinas
Escutando Rock and rol
Outros vivem de adivinhas
Enquanto vivem vida mole
Que a fome é lenta
O cueiro não se sustenta
*
É um tempo de íronia
Passagem urdida e facil
Faz o mesmo todo o dia
Matutando no covil
Ou moléculas retardadas
Feitas de orelhas espevitadas
*
Tanta nocente parida
Pousada na encruzilhada
Tantas desculpas p`ra vida
Consumida, cansada
Por ali se olha a bandeira
E tudo fica da mesma maneira
*
Enterrado na moldura
Tardio distante olhar
Destinado há tela pura
É sonho por acabar
Quando pureza se encontrar
E tinta para o desenterrar
*
Nada posso criticar
Neste espaço abastado
Posso deixar de falar
Que a voz não foge ao fado.
Tem guitarra lamento que chegue
Que o ramo acorda levanta-se verde

***

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Monday, May 3, 2010 - 12:29

Ministério da Poesia :

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antonioduarte

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