“Um pouco assim”

- Se elevam dias, onde chego e adormeço

Contando a oferta da própria vida

Os pés frios e um solo que desconheço

Batendo a primeira distância conhecida

- Longe dos passos, absorvo, enfrento

Mostra de uma vontade conquista

Onde muito, essa verdade contento

Pisando, como quem ajoelha sobre a vista

- Não tinha, ainda, terra para cobrir

Noite vesga de lamúrias e gemidos

Rombo de paredes, que lamento de ouvir

Escuridades que lavem do rosto sorrisos

- Que lavassem o sofrimento

Rondado pelas costelas da oferta

Para cada espaço em seu momento

Badalo amontoado, vaga coberta

- Encontro amontoado no interior de cada peito

Esquecido, abandonado ao desdém

Arrombo nas paredes de cada lamento perfeito

Muro derrubado que se ouvisse também.

***

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Friday, January 7, 2011 - 19:49

Poesia :

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antonioduarte

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Comments

Henrique's picture

essa verdade contento

Arrombo nas paredes de cada lamento perfeito

Muro derrubado que se ouvisse também.

 

Poesia em estado puro!!!

antonioduarte's picture

Olá Henrique, Muito

Olá Henrique,

Muito obrigado pelo comentario.

Abraço.

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