Transição
Hoje sou tragédia,
Porque ontem fui vendaval,
amanha o que serei?
Ao vento que vai ao norte,
serei poeira,
do que segue ao sul,
serei agua.
Não sei ao certo,
porém posso ser sorte.
Talvez esta louca vida,
ingrata e cruel,
me traga melhores incertezas,
prefereria eu ter flores,
que não fossem rosas.
A louca passagem de tonalidade,
me transforma sonho e verdade,
a crueldade humana é singularidade.
Talvez a intenção da loucura,
é mesmo me enlouquecer,
deixar a morte de lado,
esquecer de viver.
Ou até esta doce ventura,
me traga melhor jeito de ser.
Pois, colho hoje tempestade,
pela plantação que posso ver.
Sucesso memórias vividas.
Passado seja eu possa ser.
Se tudo que escrevo é ferida,
o que posso eu estabelecer?
Talvez eu confuda a mim mesmo,
querendo o outro mudar,
contudo o mesmo me faça realçar.
Coragem palavra certa,
que eu tenho mais não consigo realizar.
Ato, desatado no meio,
eu sou o primeiro,
o segundo e o terceiro.
Quero sim!
Deixar-me pelo vento carregar.
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Comments
"A louca passagem de
"A louca passagem de tonalidade,
me transforma sonho e verdade,
a crueldade humana é singularidade.
Talvez a intenção da loucura,
é mesmo me enlouquecer,
deixar a morte de lado,
esquecer de viver."
Por entre versos de boa leitura, retenho os supra-citados, como distinto momento de boa escrita.
Obrigada!
Sua sensibilidade é que causa tal imagem. Obrigada.