Sem título(127)

Não penses ser

O requisito da luz que desvirtua o teu olhar

Só mesmo desprezando iníquas vitórias

Saberás de como é fátuo o triunfo de qualquer déspota


Do teu poder de seres verso e reverso

Constrói em horizontes largos e libertos

O espaço vital de esmagares em verdade sanguinolenta

Aquilo que ofende o humano ser

Porque assim deves ser e dar de ti o oposto das negruras


Em queda e choque de confrontos decisivos

Em cada queda livre

Se releva um justo ante a barbárie

Se dá à guerra quem da paz é alma gémea


Lembra-te do tempo em que se morre á luz da vida

Quando a vida tem valor por ser inteira

Não olvides do tempo que há-de vir

E em vão a esperança não invoques

Porque a esperança

Nasce sempre um passo à frente do desejo.

 

Dionísio Dinis
 

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Tuesday, March 22, 2011 - 20:30

Poesia :

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Dionísio Dinis

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Comments

Elizabeth F de Oliveira's picture

gostei muito

Olá, Dionísio!

Muito bom o poema, a maneira como o constrói, as verdades bem ditas e em poética forma.

Abraços,

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