Gozar a morte

Este conforto,

Já morto,

Cai como chuva,

Deslizando em gotas de dúbia,

Que escorrem pelo rosto,

As ternuras do oposto.

 

Simplesmente existe,

A tua figura persiste,

Aos encontrões numa rua,

Que não é tua,

Mas tu a percorres em todos os dias,

Em que se fazem magias.

 

Compões uma peça macabra,

Onde as notas se fodem como cabras,

Em orgasmos acordes soltas o som,

Cuspido, deslizando num clitóris como um dom,

Antes do grito o lábio se morde,

Prazer? Esse está na morgue.

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Monday, March 28, 2011 - 20:46
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