poema que veio da Ba

As palavras não dormem
Mas sonham
Esperam ser faladas
As palavras voam paradas
Querem existir
Escritas e cantadas
Lidas e entendidas
São alegrias escondidas
Palavras guardadas
Pra depois de amanhã
Viram esperança só
Viram desejos
Viram esquecimento
O verbo é o mesmo
Para os da suposta nobreza
E para os pobres
O verbo enche os copos
Muitas palavras, muitos danos
A palavra quer ser de todos
Escritores, ouvintes, prosadores
Leitores e pintores
Estar nos ouvidos dos mudos
Na boca dos surdos
E nos dedos dos cegos
Solte as palavras nos versos
Liberte-a no papel.

 

 


 

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Tuesday, April 5, 2011 - 12:54

Poesia :

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juvenalfielbarbosa

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