Sobre o sentido da vida

?

Se tiver tempo, vou sentar-me junto ao Tejo ao fim do dia
E contemplar a paisagem, o pôr-do-sol acontecer.

Sim, se tiver tempo, vou olhar a ponte suspensa de Abril
Estendendo-se sobre o rio em direcção ao horizonte
[até onde os olhos não alcançam

E nela, vou ver os carros e os comboios
Durante o breve momento da travessia entre as duas margens
Passarem plenos de sentido

E o sentido que os preenche, é o mesmo que os leva em frente
[sem que o saibam

Aparecem do nada, atravessam a ponte desaparecendo no nada
E eu com eles, enquanto os vejo, fazendo a mesma travessia

Sim, vou sentar-me junto ao Tejo ao fim do dia
Olhar a ponte, os carros e os comboios acontecerem comigo
[um pôr-do-sol

E se tiver tempo, talvez pensar sobre o sentido da vida.
 

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Viernes, Septiembre 23, 2011 - 17:48

Poesia :

Su voto: Nada (3 votos)

loftspell

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Comentarios

Imagen de Odete Ferreira

Da leitura do

Da leitura do poema, basta-me o último verso...

O quotidiano que passa, ritualizado, e o sujeito poético, preparando-se para um momento que é só dele...

(Li uma série de poemas, comento este...)

Parabéns, pelas belas reflexões em versos delicados!

Bjo

Imagen de SuzeteBrainer

O sentido da vida está na

O sentido da vida está na vida com todo o seu esplendor de beleza, espelhado no teu olhar de poeta esculpindo esse poema em natureza plena e infinita...

Ler-te é mergulhar nessa infinitude!!

Um grande abraçosmiley

Imagen de MariaButterfly

E se tiver tempo, Depois de

E se tiver tempo,
Depois de contemplar toda a beleza.
Atravesso a ponte, da Vida.

Bonito o teu poema.

Beijo
 

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