SONETO MAIS OU MENOS DISTORCIDO
Como escrevo um soneto distorcido,
Sem eixo com que possa defini-lo,
Sem forma com que possa distingui-lo
Da prosa mais jocosa ou sem sentido?
Discorro sem que tenha prevenido
O formato, a razão… é só senti-lo
E vêm de enxurrada, ousando um estilo,
Os versos que lhe servem de vestido!
Mas se o corpo me pede algum descanso,
Se a mente me vagueia no remanso
Que o cansaço geral me vai trazendo,
Nem versos, nem canções, nem mesmo ideias…
Só este mar, correndo-me nas veias,
Responde às tais questões que nunca entendo…
Maria João Brito de Sousa – 11.06.2012 – 17.11h
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Lunes, Junio 11, 2012 - 19:13
Poesia :
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Comentarios
Muito obrigada! :)
Obrigada, amigo Jorge Santos. Este soneto foi criado para ilustrar uma fotografia que um amigo me tirou no reflexo de um espelho distorcido, daí o título. Quando comecei a escrevê-lo, não sabia como iria adaptar um soneto em decassílabo heróico a uma imagem distorcida... saiu como saiu...
Um abraço grande!
Olá Maria João!
Os poemas são isso mesmo! dar azo a várias interpretações. Por vezes o que lemos não faz grande sentido, só mesmo o poeta sabe o significado do que escreve.
Muito bonito este seu soneto. Gostei muito, Parabéns!
Um grande abraço.
Jorge Santos.