Histórias de Guerra

TIC, TAC..
Contagem regressiva.
Não queira mudar a história
de forma agressiva.
Se já venderam a geografia.

Então,
se liga na profecia
do meteorologista:
caos no clima,
a mais prevista
para os últimos dias.
Temperatura desconfigurada.
Embaixo da ponte,
rezando pra noite
nevar brasa.

No tatame,
Queria pegar a madame
e usar como cobaia.
arrancar seu couro
a faca.
Pra não ver nenhum animal
com a pele retirada.

Na farmácia,
meu vira-lata
indignado e pobre
é mais forte
que pitbull de pedigree.
Teoria de Darwin,
não esqueci.
Afogamentos sociais,
sobrevivi.
A carapuça dos covardes
não serve em mim.

Vejo assim,
tatuado em sua face
o oposto de miragem.
Sofrimento uniforme.
A discriminação
faz parte do nosso folclore.

Como transformar RUGGERS
em brinquedo?
Tipo Made In Rio de Janeiro.
Santos Dumont, suicidou-se
de desespero.
Sem paraquedas,
ao ver sua cria
ser usada pra guerra.

Insetos de metal,
cérebro digital,
Inseminação artificial,
orgasmo virtual,
mil graus
centigrados.
Inimigos,
no cativeiro
da minha cultura.
O homem destruiu a terra.
Agora na fissura
quer a lua.

Na manifestação pacífica...
spray de pimenta
não purifica
como água benta.
Mas talvez,
pro Darkman
do palácio,
isso não tenha significado.
Quer mais que murchem
e morram no anonimato.

Vírus traçante,
sinais do céu não cai
em indústrias patrocinadores de tanques.
Que visam,
a morte de criança palestina,
iraquiana, indiana, paraguaia
e boliviana.

Você chora no ultimo capítulo
da novela.
Porque nunca participou da
olimpíada da Favela.
"Só falta água,
quando chove alaga."

O português não é burro
como em suas piadas.
Se ao menos fosse, nunca teria
colonizado nossa Pátria estuprada.

Bruno Sanctus.

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Jueves, Junio 20, 2013 - 00:58

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