SINDROME DO PAPEL EM BRANCO

     Travei quando me deparei com o branco da folha virtual do editor de textos. Não foi como ler o primeiro parágrafo do livro de Humberto Eco. Foi algo além do bloqueio, algo que me proibiu de iniciar. Sequer conseguia encontrar a primeira palavra.

     Recordei das minhas aulas de redação, quando estava na Força Aérea e residia em Santa Maria, RS - aonde conheci um professor fantástico. Ele nos ensinou a perceber os diferentes estilos em uma escrita. Aprendi a iniciar um texto, a encadear os pensamentos, a transformar minhas linhas em um estilo.

     Porém agora, passados mais de 20 anos, estou sentado em frente a tela do meu notebook sem, no entanto, conseguir expressar o que gostaria que outros soubessem.

     Seria uma maldição? Algo como uma praga rogada? Ou apenas a condição de temer a falta de aceitação sobre o que vou escrever? Não sei. Assim como desconheço o motivo pelo que devo escrever, mesmo que seja de vez em quando. Mas preciso disso. Meu trovador interior quer ser ouvido. Quer ganhar as ruas e praças, pintar com outras cores os quadros pendurados nas paredes dessas casas centenárias. Não me importo com comentários ou censuras! O que me importa é começar. O que eu preciso é me expressar. E faço isso porque sei que alguém, em algum lugar do mundo, quer ler sobre o que eu escrevo. Sobre quem sou e sobre o que penso.

     Aí está um bom tema para um início. Instigar a discussão sobre essa pergunta tão básica e tão complicada ao mesmo tempo: quem sou eu?

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Viernes, Mayo 2, 2014 - 10:22

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Daniel Kobra

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