A última lágrima

Lá estava, ao me olhar diante um espelho,
Me marcava em receio... Ingratidão "Pobre rapaz..." Pensei
Ao me gritar algum conselho.
Noite a fora... Em vão, eu me testei.

Pondo-me diante de meus medos,
Negando-me de tudo, minha vitória.
Gritando ao mundo os meus segredos,
Leiloando de todas, minhas glórias.

Estava a me matar; mantendo vivo.
Em domicílio, o suicídio eclesiástico.
Assustador, repugnante; Foi fantástico,
Prazer em dor, demasiado e incisivo.

Desespero... Sem medo ou esperança,
Estava, estagnado no maldito impasse.
Foi perigo, quando água em minha face,
Descia, como na fase de criança.

Me vendo aos prantos. "Maldição! Olhem as nuvens"
Se esvaem em relâmpagos, trovões,
Molham a terra ao todo, me iludem...
Enquanto assustam donzelas com os clarões.

E de minhas mazelas, forjam pecados.
'Oh! Por quê caíste primeira lágrima,
Não podias com tuas irmãs, manter trancado,
A tristeza, os receios e toda lástima?"

Chamaste de todas elas, juntas em aliança,
Arrancando do 'eu, a própria paz.
Ao menos, chorar... Eu juro que jamais.
Pois, apatia há de ser minha esperança.

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Miércoles, Septiembre 16, 2009 - 20:50

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RobertoDiniz

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Re: A última lágrima

Roberto,

"Pondo-me diante de meus medos,
Negando-me de tudo, minha vitória.
Gritando ao mundo os meus segredos,
Leiloando de todas, minhas glórias"

Muito bom! :-)

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Re: A última lágrima

RobertoDiniz!

A última lágrima

Chamaste de todas elas, juntas em aliança,
Arrancando do 'eu, a própria paz.
Ao menos, chorar... Eu juro que jamais.
Pois, apatia há de ser minha esperança.

Lindo, gostei!
MarneDulinski

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