O gosto acre da conquista...

O vazio perturba-me,
cobre-me, invade-me, mastiga-me,
trinca-me, devora-me...
Podia possuir todos os tesouros,
contemplar todas as paisagens,
atropelar-me em viagens e futilidades de um catálogo de revista
que me distraíssem, ou adornassem...
Travar um diálogo de circunstância
com alguém q mantivesse a uma distância de segurança...
Mas, não...
Caminho neste vazio egoísta,
lambendo recordações q nem sabes q existem...
Sem ti, não há conquista,
todas as vitórias sabem a derrota e a revolta...
Ligo os faróis de nevoeiro da minha memória
com medo que te dissipes no ar...
Não quero esquecer o teu rosto,
cada frase, cada riso, cada gosto...
Mas teimas em não ajudar...
Queimas todas as hipóteses,
como quem experimenta fósforos
só para os ver arder e morrer nas cinzas...

Inês Dunas
Libris Scripta Est

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Martes, Diciembre 15, 2009 - 19:43

Poesia :

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Comentarios

Imagen de jopeman

Re: O gosto acre da conquista...

a dor e o vazio empanturram-se com o acre da solidão

Gostei mto

bjos

Imagen de TiagoLuz

Re: O gosto acre da conquista...

Muito sincero,

O vazio para o ser humano é brutal.

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: O gosto acre da conquista...

Realmente o vazio é amedrontador. Traz a incerteza do situar-se.

Muito bom poema!

Um abraço,
REF

Imagen de MarneDulinski

Re: O gosto acre da conquista...

LINDO POEMA, MEUS PARABÉNS!
Queimas todas as hipóteses,
como quem experimenta fósforos
só para os ver arder e morrer nas cinzas...
Meus parabéns,
MarneDulinski

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