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Xeque-Mate...
A vida é um tabuleiro de xadrez...
Seguimos nas quadriculas negras,
num caminho que está longe de seguir a direito...
Presos a regras efémeras, caímos muitas vezes
nos tanques cúbicos de água...
Nascemos peões felizes querendo experimentar o mundo,
atingimos a maioridade num galope ambicioso...
Somos apresentados à magoa e à desilusão e descobrimos
que somos torres edificadas de resistência,
mas vulneráveis aos sismos da vida...
Como bispos aprendemos a criticar,
temos consciência dos erros dos outros
e da pouca consistência dos nossos...
Como Reis sabemos amar quem admiramos,
apenas porque nos amam, ou porque nos deviam amar...
Desperdiçamos banquetes em cima dos mais pobres...
Aprendemos a perder batalhas,
a lidar com a traição e a trair o nosso reino...
A ver os olhos dos outros postos em nós
e a ter medo que nos vejam como vidro ...
Depois somos rainhas...
A nossa voz nem sempre é ouvida,
conhecemos tiranos que nos tiram do sério,
e ambicionamos um império que não ousamos conquistar
porque os castelos são muralhas de dois lados...
Inês Dunas
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Poesia :
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Comentários
Muralhas
Querida Inês.
Que bom voltar a ler-te mais uma vez.
A vida é mesmo um tabuleiro de xadrez, muitas vezes uma incógnita no próximo passo. Cabe a nós mesmos tentar que nos ouçam... que nos consigamos ouvir a nós próprios e, mesmo com intempéries, saber lidar com ambos os lados da muralha.
Magnífica a forma como remataste o poema:
"A nossa voz nem sempre é ouvida,
conhecemos tiranos que nos tiram do sério,
e ambicionamos um império que não ousamos conquistar
porque os castelos são muralhas de dois lados..."
Beijo grande
rainbowsky
Bela alegoria! Escrita
Bela alegoria!
Escrita irrepreensível (uma marca pessoal), com ritmo de fundo.
Parabéns pela partilha.
Gostei muito.
Abraço.