Chove-me a cântaros na alma

A chuva cai, feita de inverno
já não me traz nada de novo
são lágrimas que chora o povo
dor que não conhece interregno

Os dias vestem-se de noite
o sol teima em não aparecer
Deus não dá tréguas, vai chover
e o vento castiga, feito açoite

Sou permeável ao degelo
que engole a terra e a confrange
céu que agoniza, vão flagelo

Trago o desânimo no rosto
rio que verte um caudal aposto
chove-me a cântaros na alma

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
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Sábado, Marzo 6, 2010 - 00:26

Poesia :

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Nanda

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Comentarios

Imagen de mariacarla

Re: Chove-me a cântaros na alma

Amiga... que dia triste! Parece que a chuva se entranhou em ti... :-(

"Trago o desânimo no rosto
rio que verte um caudal aposto
chove-me a cântaros na alma"

Inundou-te com maravilhosa poesia :-)

Carla

Imagen de Anonymous

Re: Chove-me a cântaros na alma

Este poema, minha amiga, é de uma beleza
e tristeza contagiantes.
Um beijo
Vóny Ferreira

Imagen de angelalugo

Re: Chove-me a cântaros na alma

Olá querida amiga Nanda

A humanidade cambaleia e o céu agoniza
e ninguém percebe o luto que o cobre...
Maravilhosa reflexão...Parabéns amiga

Beijinhos no coração

Imagen de marialds

Re: Chove-me a cântaros na alma

Triste porém lindo poema.

"Sou permeável ao degelo
que engole a terra e a confrange
céu que agoniza, vão flagelo"

Adorei, parabens.

Imagen de Henrique

Re: Chove-me a cântaros na alma

Os dias vestem-se de noite
o sol teima em não aparecer
Deus não dá tréguas, vai chover
e o vento castiga, feito açoite...

Tem sido um castigo constante, a nossa alma fica mais vulnerável com a chuva.

Venha o Verão!!!

:-)

Imagen de MarneDulinski

Re: Chove-me a cântaros na alma

LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!

A chuva cai, feita de inverno
já não me traz nada de novo
são lágrimas que chora o povo
dor que não conhece interregno

Meus parabéns,
Marne

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