Dias de Azar XVII
- Magoaste-te? – Marisa olha-o nos olhos, brilhavam. Aquele olhar tornava-se mais forte a cada milésimo de segundo:
- Não! Estou óptima, obrigada. – David abaixa-se e aperta as sapatilhas de Marisa. Era a 3ª vez naquele dia que David mostrava ter posto o ódio que sentia por Marisa de lado. Marisa nunca entendera o porquê de deste não gostar dela, mas não se importava com isso, tratava-o como um amigo e isso era o mais importante. Apesar de tudo, todas aquelas atitudes causavam estranheza a Marisa, porque faria aquilo?
- Obrigada David!
- De nada, sempre às ordens! – Eduardo também colega de Renato, olha para ambos:
- Isso vai dar namoro! – Marisa não percebera a quem este se referia, por isso pergunta inocentemente:
- Quem? – Eduardo olha para ela, como se estivesse a tentar penetrar a alma de Marisa com os olhos, tentando perceber se aquela pergunta era mesmo verdadeira:
- Tu e o Renato! – Marisa responde imediatamente:
- Não digas parvoíces!
Faltavam pouco mais de 10 minutos para a primeira aula da tarde, devagar caminharam para o campus da faculdade, ali separar-se-iam cada um para o seu departamento. Quando lá chegam, havia uma confusão enorme, alguém entrara na faculdade e vandalizara todas as paredes. No meio de toda aquela confusão, Marisa e Renato tiveram tempo de partilhar as mais belas palavras de amor. Aos poucos aos empregados, iam-se juntando alguns alunos:
- O que se passou?
- Alguém entrou na faculdade e fez isto, ninguém sabe quem foi, excepto o porteiro! – uma das empregadas da secretaria diz:
- O dr. João vem a caminho e podem voltar para as aulas! – Renato estava estupefacto com aquele cenário. Todos ali sabiam que provavelmente não haveria aulas. O director da faculdade chega finalmente, passados 5 minutos, estava numa reunião importante com os diferentes directores de faculdades da área metropolitana do Porto quando o avisaram do que acontecera:
- Caros alunos, trata-se de um caso sério de vandalismo, nunca na nossa faculdade acontecera isto. Tomaremos medidas para que nunca mais se repita e para a segurança de todos, peço-vos para terem cuidado quando saem daqui. Podem dirigir-se para as vossas salas. Boas aulas a todos! – aos poucos todos se iam afastando. O grupo de Marisa fora o último. O telemóvel de Marisa toca, o som de piano deixara todos os presentes boquiabertos, todos perguntavam se Marisa tocava, Renato respondera que sim:
- Diz Anne!
- Je arrivée à une heure, pourriez- vous me rendre à là porte?
- Anne Bien sûr, il y aura vous attend! – Renato percebera que Marisa falava com Anne, toca-lhe no braço:
- Diz-lhe que estou à espera dela! – Marisa sorri:
- Anne entendu?
- Il ya beaucoup de bruit ici! Excuse. – Marisa sorria. Não era habitual falar tanto francês, mas a comunicação teria que ser a melhor para que Anne estivesse descansada:
- En bref, Renato vous attendra à l'entrée. Envoyez-lui un message quand vous venez!
- Vous avez un mari formidable, vous savez? Merci de m'avoir chéri! – Marisa sorria, era obvio que sabia que tinha um marido formidável. Talvez por isso se tenha apaixonado por ele:
- Je sais que je n'ai jamais douté que vous connaissez!– os colegas de Renato elogiavam o francês perfeito de Marisa.
- Passa-lhe o téléphone, il ya comme on dit… por favor!
- Grandes progressos Anne! – do outro lado um sorrir de satisfação. A volta de Renato, Mariana, Carlos e Eduardo:
- É a tua namorada, não é? Não negues já te conhecemos!
- Não! – Mariana ia lhe apertando um braço, tentava a todo custo magoa-lo para ele confessar qualquer coisa:
- Vais parar Mariana? Já disse que ela não é minha namorada! – Mariana larga-lhe o braço, pede desculpa. Renato não gostava daquele tipo de brincadeiras, no entanto não ficou chateado. Marisa olhava para aquela cena, e só pensava na criancice daqueles actos dos colegas de Renato. Marisa passa o telemóvel a Renato, mal este fala:
- Obrigada chéri! – Renato sorria:
- Vous n'avez pas à remercier. – todos os olhares estavam postos naquele telemóvel. Todos ponderavam a hipótese de Anne ser verdadeiramente a namorada de Renato. Marisa olhava Renato contemplando o belo ser humano que tinha à sua frente.
- Renato sont impeccables. Vous et Marisa comme un couple si parfait. – Renato tentava aos poucos entender toda a frase de Anne. Naquele dia tinha a sua cabeça noutro lugar, pensava no que Lia poderia fazer, não acreditara que esta desistiria facilmente dele. Não estava preocupado com ele, mas sim com Marisa, que iria ser provavelmente o isco de Lia. Sorrindo diz a Anne:
- Fala-me português! – Anne ria-se perdidamente do outro lado:
- Até já então monsieur Renato! – Renato sentia-se realmente importante, não é todos os dias que se é tratado por monsieur, pensava ele. Estava na hora da separação, uma vez mais não se poderiam beijar. A situação começava a tornar-se insuportável para os dois, já que sempre toda a gente soube da relação que mantinham.
Separaram-se todos, pelo caminho Marisa encontrara Leonor. Demoraram pouco mais de 5 minutos a entrar no DEI. Um cheiro a produtos químicos invadia-lhes o nariz, parecia quase verniz misturado com diluente. Marisa sofria de algumas alergias, não sendo portanto de estranhar que mal sentiu aquele cheiro, espirrara:
- Atchimm… Meu deus estes cheiros dão cabo de mim. – Leonor ria-se, era engraçada a forma de Marisa espirrar. Leonor via Marisa quase como a sua melhor amiga, só a conhecia daquela manhã, mas desde logo gostara dela e sentira-se a vontade com ela.
- Santinha! – Marisa sorri e agradece. Uma rapariga baixa e magra sai de uma sala, de lá um cheiro intoxicante a diluente. Marisa olha para ela, ia a comentar com Leonor qualquer coisa, quando a volta a olhar na direcção da rapariga, está caia no chão, desmaiada. Leonor entra em pânico:
- A rapariga… como vamos ajuda-la? Ela vai morrer? – os olhos de Leonor estavam apavorados. Marisa dá-lhe a sua mala para a mão, corre em direcção à rapariga e tenta a todo o custo reanima-la. Enquanto estivera no hospital, Ana ensinara-lhe a reanimar uma pessoa em caso de urgência. Diz a Leonor:
- Vai à enfermaria e pede a uma enfermeira para vir cá! Vai o mais depressa que conseguires! – Leonor desaparece no longo corredor. Marisa sabia perfeitamente que aquele desmaio não era um simples desmaio por hipoglicemia. Quando Leonor volta, traz com ela dois enfermeiros:
- Cuidem dela, por favor! – Marisa sentia-se preocupadíssima com aquela rapariga.
Sobem rapidamente até ao 3º piso, percorrem um longo corredor até à última sala, ao longo do caminho aparece também André, tinha ido à secretária. Quando chegam à sala, já todos os colegas se encontravam sentados, naquela aula iriam ver um documentário sobre a evolução do software:
- Podemos entrar stôr?
- Podem, mas que não se volte a repetir! – agradeceram a amabilidade do professor, procuraram um lugar, o mais longe possível da frente. O professor era jovem, media estrutura e bocadinho antipático dentro da sala de aula. Na apresentação de Marisa dissera-lhe que se chamava Simão Couto e que era bastante exigente, não admitia notas abaixo de 15, isso assustava Marisa e os restantes colegas, já que nas aulas quase ninguém entendia o que ele dizia.
Marisa sentou-se como sempre na última fila ao lado de João que a olhava atentamente. Passados poucos minutos e já com o documentário a ser exibido, o telemóvel de Marisa vibra, Marisa abre a mensagem:
“Desculpa estar a incomodar-te, acho que vou falar com ele agora! Já preparei mais ou menos um discurso. “
“ Estás confiante?”
“ Estou, sei que vou conquista-lo, custe o que custar. A namorada dele longe não pode fazer nada, e não.” – a expressão facial de Marisa começava a alterar-se, sentia-se completamente derrotada, não queria perder Renato, mas poderia perde-lo, Mariana tentaria de tudo, era uma lutadora nata, não se deixaria convencer com um não.
“ Boa sorte ;) Qualquer coisa manda-me uma sms“
As lágrimas quase caiam pelo rosto de Marisa, mexia na aliança impacientemente, tocava repetidamente com o pé no chão, Leonor volta-se para trás:
- O que se passa miúda? – Marisa olha para ela, uma lágrima ao canto do olho teimava em correr-lhe pelo rosto abaixo. Controlou-se um pouco, a sua voz tremia, mas precisava dizer qualquer coisa:
- Nada de mais! Apenas tenho medo de perder o Renato! – Leonor olhava para ela com uma cara de pena, sabia que Marisa amava realmente Renato, via-se pela maneira como ela falava dele, como eram quando estavam juntos:
- Oh minha linda, tu não o vais perder! Mas porquê que estás com medo?
- Uma rapariga da turma dele, confessou-me antes do almoço na casa de banho que gosta dele e que fará tudo para conquistá-lo. E depois de tudo o que passamos juntos, de todos os problemas que ultrapassamos juntos, estou com tanto medo. – Leonor sabia que não conseguiria ajuda-la sem conhecer toda a historia:
- Mas a miúda é doida? Ela não sabe que ele é casado?
- Não, eu e o Renato não quisemos contar a ninguém para evitar algumas confusões… - André sem querer mete-se na conversa:
- Essa miúda não é a Mariana? – Marisa olha-o como se perguntando como ele sabia quem ela era:
- Sim, como sabes?
- Supôs, ela andava desde o inicio do ano a arrastar a asa ao teu marido. – Marisa começava a ficar realmente assustada:
- Como sabes?
- Vi algumas vezes na cantina! Tem cuidado com ela, porque ela é capaz de tudo para ficar com ele, ainda para mais ela não sabe de vocês! – Marisa sorri timidamente. A aula continuou normalmente.
No departamento de engenharia civil (DEC), Mariana prepara-se para se declarar a Renato. Sentara-se propositadamente ao seu lado, a meio da aula coloca a sua mão sobre a de Renato, este ao sentir a mão de Mariana tira a sua bruscamente:
- Precisas de alguma coisa? – Mariana olha-o nos olhos, os seus olhos cintilavam, neles estava escrito o sentimento mais antigo do mundo, o amor. Só Renato não via isso:
- Preciso de falar contigo! – Renato não fazia ideia do que estava prestes a acontecer, ingenuamente pergunta:
- Diz… - Mariana conseguia finalmente obter alguma atenção de Renato, que uma vez mais ingenuamente caía na sua conversa como um patinho:
- Eu…
- Tu… fala de uma vez! – onde é que ela já tinha ouvido aquela expressão? Renato era bastante impaciente. Na verdade essa impaciência intensificou-se após o fim do seu relacionamento com Lia.
- Quando te conheci vi em ti um grande amigo, aliás, achava-te diferente de todos os rapazes que conheci até hoje. O tempo foi passando, comecei a achar-te uma certa piada…. – Renato não a deixou terminar.
- Piada? Ahahahah. – uma gargalhada alegre ouviu-se num anfiteatro com 48 lugares. Todos os colegas olham para trás, o professor, fica equivocado, apenas faz um sinal para que se calassem.
- Sim, quero com isso dizer que comecei a sentir-me atraída por ti. Como eu estava a dizer, comecei a conhecer-te melhor e apaixonei-me por ti. Não me perguntes porquê, mas sei que te amo, como nunca amei ninguém. – Renato engolia em seco, baixou a cabeça, odiava declarações de amor inesperadas. Olhou-a nos olhos, tentou não ser demasiado duro, mas teria que deixar bem claro que não teria nada com ela:
- Desculpa, mas só te vejo como amiga. Como sabes tenho namorada e não pretendo deixa-la por nada deste mundo. Apanhaste-me completamente de surpresa. Podemos ser amigos, mas nada mais, por favor! – Mariana baixava agora a cabeça, era a sua primeira grande desilusão de amor, sentia-se rejeitada e mal amada. As lágrimas corriam-lhe pelo rosto abaixo.
- Eu já devia saber isso! A Marisa avisou-me que provavelmente não me darias esperanças. Ela disse-me que a tua relação com a tua namorada ficou muito mais forte nos últimos 8 meses! O que aconteceu mesmo? – Renato permanece em silencio, não iria contar o seu segredo mais bem guardado, tinha medo que começassem a sentir pena de tudo aquilo que passara e da luta de Marisa. Pedro apercebe-se que algo de errado se passa:
- O quê que tens Marianinha?
- Nada! Não quero falar disso! – Renato olha para Pedro, faz-lhe um sinal como dizendo para deixa-la em paz por meros momentos. Pedro assim fez, apenas lhe disse:
- Quando quiseres falar diz-me… - Mariana levanta a cabeça, limpa as lágrimas e olha Pedro nos olhos, de uma forma fria e sem pensar que poderia magoa-lo:
- Está tudo acabado entre nós! – Pedro olha-a incrédulo, não acreditava naquilo que acabava de ouvir. Pensava que ela o amava, mas no final era mais um jovem destroçado por amor:
- Está tudo acabado? Porquê? O quê que eu fiz? – Mariana olha-o de uma fria, nos seus olhos não havia sentimento, estavam vazios:
- Não interessa, não quero magoar-te mais… - Renato intromete-se:
- Desculpa Mariana, mas vais dizer-lhe, se não dizes tu, digo eu. – Mariana olha para Renato, este faz-lhe um sinal como dizendo que resolvia o problema por ela. Era mais uma faceta positiva de Renato:
- A Mariana está a acabar contigo porque gosta de outra pessoa, e não quer que sofras.
- És tu essa pessoa não és?
- Bom isso não está em causa Pedro…. – Pedro começava a sentir-se furioso:
- Eu sei que és tu. Ela desde o inicio do ano que não tira os olhos de ti, e já me tinha apercebido que qualquer coisa se passava, agora estares a envolver-te com ela sendo comprometido é demasiado não achas?
- Eu não me envolvi com ninguém, por amor de deus Pedro, já me conheces um bocado, sabes perfeitamente que amo a minha namorada e que nunca a trairia. – Pedro volta a si, percebe que está a ser injusto com Renato, pede-lhe desculpa. Voltasse para Mariana:
- Podemos continuar a ser amigos?
- Claro! – Renato sorria, não pretendia causar problemas entre as pessoas.
No edifício B, Marisa estava nervosa, sentia que os 3 anos ao lado de Renato eram inúteis na presença de Mariana. Era impossível estar atenta ao documentário, olhava para a tela de projecção, mas a sua cabeça estava num anfiteatro do edifício J. João tocava-lhe no braço, tentando que esta se concentra-se, já que a seguir teriam que realizar um trabalho de grupo e provavelmente teriam que aplicar alguns conhecimentos da matéria leccionada através do documentário.
Leonor estava preocupadíssima com Marisa, sentia que a sua nova amiga, poderia perder a cabeça, se Renato a deixa-se. Quando Marisa lhe contou a sua história de vida, esta percebera que Marisa nunca sobreviveria sem Renato, era impossível. Não sabia como ajuda-la, olhava para trás, olhava para Marisa, perguntava em surdina a André o que poderia fazer, este nem sequer respondia, não sabia como Mariana era tão cega para perceber que Renato e Marisa eram marido e mulher.
- Marisa estás bem? – Leonor entrava em pânico, a cor pálida de Marisa fazia-a pensar que esta iria desmaiar. Tentava chamar João, mas este estava concentradíssimo a tirar apontamentos do documentário. Leonor desvia o olhar de Marisa por alguns momentos, de repente um estrondo enorme, Leonor olha para trás, Marisa desmaiara sem que ninguém desse conta, Leonor levanta-se aflita, corre no longo corredor de cadeiras do anfiteatro, passa por trás de João, manda-lhe uma palmada:
- Tu não vês que a miúda desmaiou? – gritou-lhe. Todos os presentes olham para trás, André levanta-se também e vai para junto da namorada. João continuava noutro planeta
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Comentarios
Re: Dias de Azar XVII
Um bom capitulo.
A ver no que vai dar!