Fragmento

Espelhos d’água
No meu rio
A furar o vazio
Cofre forte
Em estado anémico
Sintomático
Sorumbático

Cai o dia
E é a noite a madrugar
Nos meus olhos
E é neblina lá fora
E é tudo cabisbaixo
Em pequenos baixios
Portas escancaradas
E a noite sem céu
Afogou as estrelas
E os dardos
Carimbos nas tuas mãos
Pirilampos na enseada
E na montanha faz breu
Faz breu na montanha

E é noite
E é neblina lá fora
Maresia
Mar revolto
Lugar ao sol
Fragmento de um amor meu
Inerte
Calado
Farto
Sem sorte
Sem Norte
Que o teu tempo me deu

Espelho meu
Meu Assur lilás
Rosto escancarado
Estradas sem nome
E no azul
Hà um amor seu
E é furor
Fulgor
Teor
Imaginado
Configurado
Destratado
E eu sou eu
E tu és tu
Meu senhor
Ancorado
Meu amado
Amado meu

Conselheiro de um mar salgado
E o caos é a ordem
Nas bifurcações
De uma ordem inversa
No forte
Onde impera a mudança
Da ordem natural

E o vigilante farol
Acoplado ao vazio
Onde o nada
É só um ponto minúsculo
Mas pereceu
E eu sou só eu
Em todos os pontos
Onde és meu

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Lunes, Enero 17, 2011 - 12:54

Poesia :

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ÔNIX

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Imagen de Henrique

Mar revolto

E o vigilante farol
Acoplado ao vazio
Onde o nada
É só um ponto minúsculo
Mas pereceu
E eu sou só eu
Em todos os pontos
Onde és meu

Sempre intensos, belos e recheados de boas emoções os teus poemas!!!

:-)

Imagen de ÔNIX

Emoções

Emocionante é ver que não esquecem as minhas palavras

Henrique obrigada

 

Vou ver se me entendo aqui neste novo espaço, mas está dificil, a sério

 

Beijo para ti

Imagen de Clarisse

Fragmento

Olá Dolores,

Fragmentos… de telas que se iniciam e logo depois terminam… pedaços de vida (s) que crescem e se esgotam a seguir… verdades que germinam e se terminam… (reticências como seguimento do fragmento…) novo ponto a seguir…

Beijo,
Clarisse

Imagen de ÔNIX

Ponto

Clarisse

 

Agradeço-te todos os pontos preenchidos nos espaços por mim esquecidos

 

Irei ver, sim e ver se sigo ou se páro por aqui, neste poema

 

 

Beijo

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