Acluofobia...

Há dias que se fazem noites
e noites que são vendavais cansados,
onde me derrubo aos bocados em lágrimas...
São momentos breves que duram eternidades
dentro de mim e onde sinto
que estou cada vez mais só
e este nó na garganta me aperta mais do que devia
se quiser manter-me viva...
Então minto a mim mesma,
abraço-me e digo que tudo passa...
Mas sinto-me a tremer porque sei
que cada dor que me agita
me grita aos ouvidos que não aguento muito mais...
E o amor?
O amor anda ocupado a fazer bolas de sabão...
Cada vez que me aproximo dissolve-se no ar,
ou então deixa-se ficar a ver-me ao longe...
A envelhecer na agrura dos anos,
entre desenganos e desilusões de vidas
e de gentes revolvidas...
Porque a dor é para sempre
e o amor enquanto dura...

Inês Dunas

Libris Scripta Est

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Jueves, Febrero 17, 2011 - 11:57

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Acluofobia...

Lindo Poema de Ines Dunas!

Há dias que se fazem noites
e noites que são vendavais cansados,
onde me derrubo aos bocados em lágrimas...
São momentos breves que duram eternidades
dentro de mim e onde sinto
que estou cada vez mais só
e este nó na garganta me aperta mais do que devia
se quiser manter-me viva...

Medo da escuridão

Meus parabéns,

MarneDulinski

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Inês

É sempre sublime a tua poesia.

Um beijinho

Nanda

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