CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Filhos do não
Ainda que, nos ombros suportem a Terra,
Os milénios e durem meros minutos ateus,
E, tão de noite seja, que de manhã nem descora,
O tinto vinho, da taça despejada de Deus.
E os réus, os que Te servem frio e morto,
E se comportam como filhos do não,
Condenados a partilhar de golpes no rosto,
Dum Cristo, a náusea e a nua paixão.
Ainda que pese sobre as Tuas costas,
Esta Terra cinzenta e estreita,
Ainda que homens ajam como bestas,
Ou feras cativas, sempre à espreita,
E os venenos destilados em taças,
Sirvam de ampulhetas dos restos do tempo,
Ainda que seja absurdo que sofras,
E voltes a assentar a cabeça, no herdado cepo
E a apodrecer no jazigo raso dos soldados gregos,
O silêncio do cosmonauta cantará nos teus ombros,
Até doerem os címbalos outrora surdos,
E a luz de muitos sóis, perdurará nas pálpebras fechadas
Ainda que encerres os teus deuses dementes,
Longe das manhãs breves e nas tardes luzentes.
Jorge Santos
(02/2011)
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1888 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Igual a toda'gente... | 287 | 6.487 | 03/30/2019 - 11:10 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | À excelência ! | 160 | 8.836 | 03/30/2019 - 11:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Contraditório, só eu sou... | 181 | 6.554 | 03/30/2019 - 11:07 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Cuido que não sei, | 172 | 31.553 | 03/30/2019 - 11:05 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | “Semper aeternum” | 211 | 23.506 | 03/30/2019 - 11:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sei porque vejo, | 222 | 6.923 | 03/30/2019 - 11:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O poço do Oráculo… | 30 | 2.299 | 12/02/2018 - 18:39 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | (Os Míseros não Têm Mando) | 17 | 23.042 | 12/02/2018 - 18:34 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Canto ao dia, pra que à noite não… | 19 | 779 | 12/02/2018 - 18:13 | Português | |
Poesia/Geral | (Meu reino é um prado morto) | 24 | 8.073 | 12/02/2018 - 18:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Canção Cansei | 24 | 4.314 | 12/02/2018 - 18:02 | Português | |
Poesia/Geral | Tenho um conto pra contar | 16 | 3.337 | 12/02/2018 - 18:00 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | não sei quem sou | 21 | 5.931 | 12/02/2018 - 17:58 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Prazer da busca… | 17 | 2.082 | 12/02/2018 - 17:56 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Com a mesa encostada aos lábios… | 12 | 2.855 | 12/02/2018 - 17:47 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Porque Poema és Tu | 22 | 3.169 | 12/02/2018 - 17:47 | Português | |
Poesia/Geral | Nêsperas do meu encanto… | 16 | 4.486 | 12/02/2018 - 17:45 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Natureza viva | 13 | 3.000 | 12/02/2018 - 17:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | aresta ou | 10 | 9.082 | 11/28/2018 - 16:38 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | teresa dia bom | 12 | 6.440 | 11/28/2018 - 16:35 | Português | |
Ministério da Poesia/Gótico | ragon | 10 | 13.911 | 11/28/2018 - 16:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | par | 10 | 9.485 | 11/28/2018 - 16:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Joel | 10 | 6.869 | 11/28/2018 - 16:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Vanda | 11 | 30.569 | 11/28/2018 - 16:23 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | comentarios | 10 | 3.667 | 11/28/2018 - 16:20 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Ainda que pese sobre as Tuas
Ainda que pese sobre as Tuas costas,
Esta Terra cinzenta e estreita,
Ainda que homens ajam como bestas,
Ou feras cativas, sempre à espreita,
E os venenos destilados em taças,
Sirvam de ampulhetas dos restos do tempo,
Ainda que pese sobre as Tuas
Ainda que pese sobre as Tuas costas,
Esta Terra cinzenta e estreita,
Ainda que homens ajam como bestas,
Ou feras cativas, sempre à espreita,
E os venenos destilados em taças,
Sirvam de ampulhetas dos restos do tempo,
Ainda que pese sobre as Tuas
Ainda que pese sobre as Tuas costas,
Esta Terra cinzenta e estreita,
Ainda que homens ajam como bestas,
Ou feras cativas, sempre à espreita,
E os venenos destilados em taças,
Sirvam de ampulhetas dos restos do tempo,
Ainda que pese sobre as Tuas
Ainda que pese sobre as Tuas costas,
Esta Terra cinzenta e estreita,
Ainda que homens ajam como bestas,
Ou feras cativas, sempre à espreita,
E os venenos destilados em taças,
Sirvam de ampulhetas dos restos do tempo,