A luz atravessa o meu espirito

A luz atravessa o meu espirito,
serpenteia,
como uma sereia,
insere a sensação,
no grau de impressão,
de espada a ser espetada,
num coração aquecido
pelo embeber do tempo passado

Não tenho pressa a chegar a estado crítico,
O pêndulo pende para a teia,
Ateia,
Um fogo que fere a ambição,
E torna mau o ser e o sermão
Dado a, estender-se até de madrugada,
Num serão tido
com razão de ser em ter um exemplo dado

E não cessa até que fique explícito
Que meia
Palavra é meia,
Viagem em digressão,
Na nau até à estação
Desejada, que é traçada,
Num turbilhão enriquecido
pelo teu ver e o que eu contemplo neste bocado

Então, atravessa o lado nítido
Vagueia
Sem nome anseia,
Por carácter são,
Não no croud da multidão,
Acelerada que não vê nada,
Mas coração a coração perdido
Nesse modo frívolo de viver se é que é um termo adequado.