CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
À mágoa
Na hora exata em que surge a morte,
No culto vago a imensidão;
O homem, nu a escudos vai ao chão,
E amaldiçoa o tempo pela má sorte
De não ter ao menos pedido desculpas.
-E nessa hora ele destrói a mente...
Mas o ser caído insiste em ir a frente,
Enterrando a mágoa e suas culpas
No barro da negação amarga.
E enquanto a pútrida carne afaga,
A faca da perca o rasga; e o lança ao vão.
E por fim, no póstumo momento ao luto,
Demonstra se morto, em gesto mutuo,
Ao ente sincero que jaz no chão.
Submited by
sexta-feira, setembro 4, 2009 - 13:23
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 658 leituras
Add comment
Se logue para poder enviar comentários
other contents of RobertoDiniz
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Soneto | Súplicas em saudade | 5 | 527 | 12/18/2009 - 17:29 | Português | |
Poesia/Soneto | O 'eu, seus líricos | 5 | 385 | 12/18/2009 - 17:25 | Português | |
Poesia/Soneto | Camila | 4 | 793 | 11/12/2009 - 11:45 | Português | |
Poesia/Comédia | Desejos | 2 | 523 | 11/11/2009 - 23:06 | Português | |
Poesia/Desilusão | O 'Deus nosso. Em ironia | 4 | 512 | 11/07/2009 - 22:48 | Português | |
Poesia/Soneto | Devaneios | 5 | 493 | 11/03/2009 - 23:44 | Português | |
Poesia/Dedicado | Aos grilhões da alma | 5 | 556 | 11/03/2009 - 23:37 | Português | |
Poesia/Soneto | Contraste interno | 3 | 760 | 11/03/2009 - 23:32 | Português | |
Poesia/Soneto | À Máfia | 5 | 714 | 11/03/2009 - 22:59 | Português | |
Poesia/Dedicado | Suicidas | 1 | 457 | 10/27/2009 - 17:53 | Português | |
Poesia/Soneto | 'Lux em trevas | 3 | 615 | 10/27/2009 - 00:53 | Português | |
Poesia/Soneto | Doutor, eu lhe imploro | 2 | 466 | 10/26/2009 - 17:43 | Português | |
Poesia/Soneto | Paisagismo concreto | 2 | 554 | 10/24/2009 - 20:32 | Português | |
Poesia/Soneto | Ao apego | 5 | 611 | 10/23/2009 - 09:01 | Português | |
Poesia/Soneto | Cerimônia | 3 | 643 | 10/20/2009 - 19:54 | Português | |
Poesia/Soneto | Ao topo | 3 | 451 | 10/20/2009 - 02:20 | Português | |
Poesia/Soneto | Alquimia | 2 | 599 | 10/19/2009 - 20:57 | Português | |
Poesia/Soneto | A um cortejo mortuário | 3 | 555 | 10/18/2009 - 22:42 | Português | |
Poesia/Soneto | Réquiens ao proibido | 3 | 587 | 10/17/2009 - 22:56 | Português | |
Poesia/Soneto | Homens à morte | 2 | 429 | 10/17/2009 - 01:01 | Português | |
Poesia/Soneto | Ao tempo | 2 | 592 | 10/16/2009 - 09:45 | Português | |
Poesia/Soneto | Apolo | 2 | 494 | 10/15/2009 - 17:33 | Português | |
Poesia/Soneto | Ao cigarro nosso, de cada dia | 2 | 608 | 10/15/2009 - 10:16 | Português | |
Poesia/Soneto | Ao amor sincero | 1 | 592 | 10/15/2009 - 02:47 | Português | |
Poesia/Soneto | Ao choro | 2 | 563 | 10/14/2009 - 18:39 | Português |
Comentários
Re: À mágoa
Foi basicamente isso, o ente querido, no caso; pai desse meu grande amigo, era o finado. Eles estavam brigados na época do óbito. Isso em si, creio eu, foi o motivo da grande tristeza. No tal caso, a culpa superou a perda.
Re: À mágoa
RobertoDiniz!
Gostei, mas vamos ver se entendi!
E por fim, no póstumo momento ao luto,
Demonstra se morto, em gesto mutuo,
Ao ente sincero que jaz no chão.
Penso tratar-se da dor pela perda do amigo, não ter pedido perdão, e ter ficado com dor de conciência, e se atira também desesperado ao chão!
MarneDulinski
Obs.: caso tenha errado, chame-me a atenção!
Re: À mágoa
Gostei de ler!
A mágoa já merecia também um poema!
breizh
Re: À mágoa
Flávia, o texto não é sobre mim. Não são minhas tais reações e sentimentos impostos; na verdade são de um grande amigo, no velório de um ente muito querido do mesmo. Apenas transportei os fatos neste soneto.
Re: À mágoa
Oi Roberto,
"E nessa hora ele destrói a mente...
Mas o ser caído insiste em ir a frente,
Enterrando a mágoa e suas culpas"
É uma verdade, porém triste... pois ao enterrar nossas mágoas e nossas culpas perdemos uma grande oportunidade de aprendizado e reflexão sobre nós mesmos! O bom seria se pudéssemos ir em frente sem destruir nossas mentes, levantando com coragem e caminhando por sobre a dor... mas certos de que ela é passageira e necessária para nossa evolução.
Parabéns pelo poema!