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ALGUNS SONETOS 3/1/11 01

3

Apenas coligindo um novo engodo
Espero caminhar e já coíbe
A vida que deveras nos inibe
E traça além do caos o velho lodo,

Ainda que pudesse com denodo
O tempo por si só dita e proíbe
O canto se desvenda e desinibe
Quem faz da fantasia além do todo;

Arcando com enganos, tento a paz
E sei do que deveras satisfaz
Poética expressão em tal lamento,

Ainda quando ausente dos meus olhos,
Apenas no canteiro tais abrolhos
Enquanto outra esperança eu alimento.

4

Já não mais poderia acreditar
Nos sonhos tão diversos; poesia
E quando na verdade não veria
Sequer o menor brilho de um luar,

A vida noutra face; a se mostrar
Enquanto o que pudera não mais guia
Quem tanto na verdade fantasia
E gera o que tentara desvendar,

Alçando o paraíso aonde pude
Vencer cada cenário e mesmo rude
A juventude morta atrás da porta,

O passo sem sentido se desenha
E o canto noutro rumo sempre venha
Enquanto a solidão no cais aporta.

5

Marcando cada verso com o tempo
De ter e imaginar um novo passo
Ainda que deveras descompasso
O todo se desenha em contratempo,

Errático momento em luta inútil
Amar e perceber noutro segundo
O quanto no vazio eu me aprofundo
E vejo este caminho atroz e fútil,

E sei do meu cenário mais audaz
E nada do que possa se aproxima
Moldando sem sentido algum a rima
E nisto o canto expressa ausente paz.

O verso se desenha noutra forma,
E quando no passado o que se forma
Expressa o que perdi e a morte traz.

6

Ainda que pudesse crer no fato
E nisto presumir qualquer alento,
A vida se transforma e num tormento
O mundo se desenha em desacato,

Ainda mesmo assim nada constato
E bebo do caminho aonde tento
Vencer o mais dorido sofrimento
E nisto outro momento em vão retrato

Recatos variados, em recantos
E neles outros ermos são meus cantos
Matando a sensação de ser feliz,

O quanto pude e tento não veria
Sequer o que deveras a alegria
Um dia sem sentido inda desdiz.

7

Perdoa cada engano de um poeta
Que tanto acreditara noutra sorte,
A vida se desdenha e traz na morte
O quanto poderia e se completa,

A luta no vazio se repleta
E o medo sem sentido não conforte
Quem trama no passado e em cada corte
Adentra este momento em rumo e seta.

A voz já se perdendo sem razão
Os dias entre tantos moldarão
Apenas o vazio e nada mais,

Depois do sentimento mais atroz
Já nada mais calando a minha voz,
Os dias se repetem, são iguais.

8

Vieste desta noite enamorada
Trazendo em teu sorriso o quanto eu quero
E sei deste momento mais sincero
Raiando como à noite uma alvorada,

O todo se aproxima e deixa o nada
Ausente do cenário onde tempero
Meu canto com certeza outrora fero
Agora traz a sorte desejada

Desenhos variáveis, dor e amor
O verso disto tudo refletor
Vibrando com ternura em cada passo,

O mundo se aproxima do apogeu
E o tanto quanto quero e amanheceu
Presume a maravilha que hoje eu traço.

9

Não quero acreditar no que viera
Nem mesmo na vontade sem sentido,
O passo noutro passo resumido
Apascentando enfim a dura fera

O mundo na verdade se tempera
E trama o que deveras sempre olvido
Meu passo noutro rumo presumido
A luta se aproxima do que espera

Uma expressão diversa e mais feliz
Ousando no que possa e sempre diz
Aquém do quanto rompe a cada engano,

E quando me iludira em solidão
Sabendo dos vazios que virão,
Depois de certo tempo enfim me dano.

10

A brisa vai tocando a minha face
Em mansidão suave e juvenil,
Aonde o que pensara a vida viu
E nada na verdade se mostrasse,

Ainda que pudesse noutro impasse
O canto quando o sonho dividiu
Tramando o que eu tentara mais gentil
E o mundo sem sentido maltratasse.

Vagando sem saber sequer aonde
O meu caminho sem sentido já se esconde
E nisto se desenha muito além

Do caos que se improvisa a cada verso,
Meu mundo no teu canto segue imerso
Enquanto a fantasia inda não vem.

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segunda-feira, janeiro 3, 2011 - 12:15

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MarcosLoures

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