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ALGUNS SONETOS 3/1/11 02

1

Já nada caberia no caminho
De quem se fez aquém da liberdade,
Porém ao superar corrente e grade
O tempo noutro sonho eu acarinho

E vivo muito além do ser sozinho
Que tanto se perdera em claridade,
Ousando neste encanto que ora brade
Trazendo cada canto onde me aninho.

Vencer os meus anseios e temores,
Seguir cada cenário enquanto fores
E nisto presumir nova alvorada,

A luta se desenha dia a dia,
Mas quanto mais o sol já brilharia
Traria no final a nova estrada.

2

O tanto quanto possa acreditar
Moldando na verdade o que viria,
E bebo com prazer a fantasia
E nela me permito até sonhar,

Ousando cada passo neste mar
Aonde o meu cenário me traria
Além do quanto bebo em poesia
O brilho que traduz algum luar,

Tristezas? Já não quero e no final
A vida se desenha em ritual
Diverso e molda a paz que tanto eu quis,

Depois de tanto tempo eu sei agora
Que quando esta alegria vem e aflora
Eu posso enfim dizer que sou feliz.

3

Perguntas sem resposta? Sei de tantas
E quando no final nada me dizes
Os sonhos são eternos aprendizes
E neles nada mais tanto garantas,

Ausento cada passo e quando espantas
Deixando tão somente cicatrizes
Os céus que inda pensara serem grises
No fundo noutras cores me adiantas,

Escuto a voz do mar e num marulho
O passo em precisão molda e mergulho
Nos ermos deste fato mais audaz,

O canto sem temor em glória e luz
Ainda quando em nada reproduz
Transcende ao que desejo: apenas paz.

4

Saudade de quem foi e não viria
Ousando muito além deste cenário,
O canto tão sereno de um canário
O tempo se transtorna em melodia,

A lua desenhada em poesia,
O sonho dita além o itinerário
E bebo deste encanto imaginário
Vagando muito além do que podia,

A vida se redime do passado
E quando na verdade teimo e brado
Ousando na esperança mais sutil,

O quanto se apresenta e já se viu
Transporta dentro da alma esta emoção
Moldando os dias claros que virão.

5

Não pude perceber sequer o quanto
Meu mundo sem teu mundo ainda existe,
E quando o coração somente insiste
E vaga sem saber aonde espanto

O passo sem sentido, não garanto
E o quanto se traduz em sonho triste,
O nada se desenha e não persiste
Além desta verdade em medo e pranto,

Ainda que pudesse ser diverso
Meu canto se presume em cada verso
E bebe esta emoção, rara aguardente,

Deveras sou feliz, mas mesmo assim,
Vagando o quanto pude crer no fim,
Apenas outra via se pressente.

6

Já não me caberia acreditar
Nos sonhos mais sutis, felicidade,
E quando meu caminho tanto agrade
Marcando o que pudesse imenso mar,

A luta se transforma e em tal sonhar
Ainda quando rompe a mera grade
O tanto quanto quero em liberdade
Trazendo ao que pudera imaginar.

Ascendes num momento inusitado
Vencendo o que deveras tento e brado
Ousando na alegria de te ter,

Amar e acreditar no que se veja
Ainda quando uma alma mais andeja
Procura inutilmente algum prazer.

7

Cidades tão diversas, sonhos meus,
E o canto se desenha multiforme
Ainda que meu passo se deforme
Preparo a cada instante um novo adeus,

Vagando sem saber dias ateus
Invado o que pudera e já disforme
Sem nada que inda reste ou tanto informe
A vida mergulhando em perigeus.

Ansiosamente procurasse um porto
E sei do quanto possa semimorto
Vagar entre as estrelas mais distantes,

Os erros são comuns a quem se espreita
E nada no final a vida aceita
Sequer o que puderas e garantes.

8

No tempo de sonhar sem ter sentido
Meu canto se apresenta em discordância
Ainda quando quis em tal estância
O sonho na verdade dilapido,

Meu verso não seria mais ouvido
Nem mesmo o que pudera em tal constância
Regendo com temor em discrepância
O quanto se presume e sei perdido,

O caos se desenhando dentro da alma,
A poesia mansa vem e acalma
Trazendo alguma luz, mesmo que frágil,

Sentidos e razões palavras tantas
E nelas outro momento, enfim garantas
Num tempo mais suave audaz tão ágil.

9

Ao quanto se orquestrasse este caminho
Em meio aos mais diversos temporais,
As horas invadindo onde tu trais
O passo mais audaz em vago espinho,

O rumo se apresenta mais daninho
Meu verso entre momentos desiguais
Palavras na verdade mais venais
O tempo sem ter tempo vai sozinho,

O quanto deste encanto já não trago
Brumosa sensação em ledo afago,
Divago e nada tenho em noite imensa,

Ao som deste piano, a noite passa,
A sorte se apresenta tão escassa,
E o tanto que me resta não compensa.

10

Amor que inanição matasse outrora
Já não mais poderia resistir
E quando se desenha sem porvir
Aos poucos cada engano mais devora,

O tempo sem sentido me apavora,
A trama se mostrara e presumir
Seria tão somente o repartir
O quanto na verdade não ancora,

O mundo em sensação diversa e rude
Marcando cada passo como pude
Matando a poesia a cada instante

No rumo sem sentido nada tenho
Somente o que pudera em ledo empenho
E o medo no final nada garante.

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segunda-feira, janeiro 3, 2011 - 12:49

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MarcosLoures

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