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ATRAVESSO A VIDA
Atravesso a vida
Conheço o travo da solidão
Ando em afectos dividida
Anda o coração
Numa inútil agitação.
Trago urgências à flor da pele
Minha mão já estremece
O meu corpo é explosão
O tempo só me traz fel
Evoca a saudade que não esquece
Rasga-me o rosto e o coração.
Há um nevoeiro que me cega
Um viver à espera do que há-de chegar
Uma sombra que me pega
Que é chicote sobre mim a desabar.
O tempo é uma fatal tempestade
O sangue dentro do coração arrefece
Levo na mala a saudade
Do tempo que não se esquece.
Já quiz partir e esquecer
Era só sonho que me perseguia
A morte veio antes de tempo, ver!?
Se era medo o que eu sentia.
Mas eu não quero ir embora
Nem da vida perder o encanto
Já morri muitas vezes, mas por ora!?
Esqueço da vida o desencanto
Deixo meus olhos livres da neblina
E fico feliz de novo menina.
natalia nuno
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Comentários
Tempestade...
Uma tempestade da qual não sabemos se, ter medo da sua fúiria ou da sua bonança.
Bom poema, mais um dia, mais um nascer...
Grata
A aproximação do amanhã nos dirá, como fnaliza este rumor da vida.
Todos para lé caminhamos , mas a morte nunca chaga para quem ama,
terei p'lo menod sempre a companhia da poesia.
Um abraço Bom Ano
Vivido e consequentemente
Vivido e consequentemente belo.
Vitor
Agradecimento
Oi Vitor, obrigada pelo apreço.
A vida é um mistério, a viagem já levo
quase finalizada, mas a esperança continua
no meu peito.
Bom Ano, amigo abraço