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SEM ME DAR CONTA

SEM ME DAR CONTA

Tomara minha alma cegue
Pra não ver meu corpo ruir
Não quero que ela carregue
O meu desânimo em prosseguir.
Ouço o levantar do vento
A clarear o dia cinzento
Também a minha agonia
Se faz presente neste dia.

Trago frio o corpo e a alma
Tudo em mim é contraditório
Tudo é calmo e eu sem calma
Vejo que passa o tempo inglório.

Falo de mim do meu EU
E de toda a minha saudade
A Poesia é meu Céu
Minha existência e eternidade.
Ouço a chuva que cai.
Lembra-me poemas antigos
A saudade que em mim vai
O folhear de livros amigos.

E vem esta voz falar-me
Ameaçando minha solidão
Tédio de que não consigo libertar-me
Nem deste vento sem direcção.
Já não me importa os temporais
Quer seja desta ou d'outra vida
Quero partir deste cais
Sigo a sombra da despedida.

natalia nuno
 

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terça-feira, janeiro 11, 2011 - 18:11

Poesia :

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natalianuno

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Comentários

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Pra não ver meu corpo ruir

Escrever,

aqui pelo sentido das tuas palavras,

faz-me acreditar que facto a poesia é uma espécie de almofada tão fofa tão fofa,

que sonhar é estar acordado na voz que nos vem falar!!!

A vida é isso, folhear o tempo!!!

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