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A Carne tornou-se Arte
sóbrio outra vez.
acordado do transe momentâneo
num outro permaneço
enquanto olho para ela
como quem olha para uma pintura.
obra de arte ela era.
obra-prima agora é.
criada de algo tão primitivo.
transformada por algo tão visceral
eterna, num olhar de gelo gravada.
em descanso mórbido, na paz angelical
tomara-me por anjo-da-guarda
eu era senão espectro de tormento
em si me acolheu
de ela me apoderei
de extrema beleza, uma mulher
em criativo horror, uma peça de arte
a tela era a pele, a carne e o osso
como pincel a lâmina…
os traços, os golpes, os gritos
o empenho e o medo
o fascínio e a dor
enquanto fazia a sua vida desaparecer
vê-la tombar em tons de escarlate
com olhar de incompreensão
o calor da arte e a frieza da obra
com o meu olhar de satisfação
o demónio, o artista
o anjo, a musa
quando o destroço é arte e para todos aberração
quando a morte é criatividade e para todos medo
nela deixo o sentimento em estado puro
quando acordo do transe movido por extremo ódio
assim a obra permanece, o artista desaparece
para todos aberração, para muitos motivo de lágrimas
a mulher tornou-se história, a vida tornou-se inquietude
a morte tornou-se motivo, a carne tornou-se arte.
traduzido do original "Flesh became Art"
5 abril 2004
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Poesia :
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Comentários
poema lindo mas ao mesmo
poema lindo mas ao mesmo tempo assustador...
adorei.
ate mais,
ana fm
Re: A Carne tornou-se Arte
LINDO POEMA, GOSTEI!
MD
Re: A Carne tornou-se Arte
E que obra-prima
A arte na sensualidade, na beleza da carne
Adorei
Abraço
Re: A Carne tornou-se Arte
Quando o demônio do artista logra endemoninhar o anjo da musa, surge a obra prima.
Gostei.
Um abraço,
REF
Re: A Carne tornou-se Arte
Ishmael;
Mas é da tua autoria?
O texto está soberbo, imaginativo, belo e forte.
Gostei!