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Os Afogados
este túmulo de água é meu
este túmulo de mim é teu
um toque frio como água
um acto frequente de desprezo
uma suave ondulação superficial
um violento turbilhão interior
água barrenta num caudal rápido
profundo, profundo onde a calma reina
água cristalina mas mortífera
onde tu e eu encontramos a merecida paz
dentro de nós, onde o romance morreu,
nasceu esta sede por esta água que mata.
e à procura de um túmulo de silêncio
deixamo-nos afogar
deixamo-nos cativar
deixamo-nos cair…
agora em silêncio deixamo-nos ir
até onde a água nos levar
já sem consciência
e com a certeza
de que não vamos acordar
neste caudal onde muitos a paz encontram
aqueles que a calma temem, os adornam com pétalas
e vêem-nos passar à superfície, aparentemente dormindo.
choram pelos que já não sofrem e choram porque ainda sofrem
desejam ver reflexos nos mortos mas na margem permanecem.
com as flores lançam tormentos, pesadelos e tristeza
e vêem-nas seguir acompanhando quem a morte abraçou,
aqueles que já não choram, no entanto, levados por lágrimas são
neste nosso túmulo já não temos que chorar
numa melancólica dança a água leva-nos para um mar
adornados com flores e pesadelos pelos que vão ficar
arrastados em silêncio com a certeza de não acordar
9/3/2004
Traduzido do original em Inglês "The drowned, the free"
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Poesia :
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Comentários
Re: Os Afogados
Demonstras na perfeição a intensidade que as palavras tem ao escreveres sobre as paixões acabadas.
Re: Os Afogados
Ishmael!
Os Afogados
neste nosso túmulo já não temos que chorar
numa melancólica dança a água leva-nos para um mar
adornados com flores e pesadelos pelos que vão ficar
arrastados em silêncio com a certeza de não acordar
LINDO,GOSTEI, UM BELO POEMA!
MarneDulinski