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Culpem-me só depois de me conhecerem
Odeiem-me só depois de me conhecerem; conhecerem-me tal e qual como sou e não como gostariam que fosse.
A propósito de culpados!
Temos sempre que atribuir culpa.
Porque perdemos tempo?
Para evitar que se volte a repetir?
Resguardamo-nos por detrás da culpa.
Alivia-nos a culpa do outro!
A culpa sendo do outro é um bálsamo para o fardo das consciências já encarceradas pelo juízo social.
Para além disso, usufruir do mesmo recurso de Deus é supremo: castigar.
Castigo!
Como podem os crentes ser livres?!
Como podem ser livres quando têm receio sempre de serem punidos pelo que fizeram.
Porque castiga Ele?
Decerto que é astuto, porque oferece como castigo a pena do incógnito; a impossibilidade de confirmar o terrível do inferno. Porque criou ele, como castigo aos vivos, o desconhecido? - o pior dos castigos!
Elsa Menoita
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Poesia :
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