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Tempo que deixei restar

Iniciei-me. O regozijo da descoberta arrasta-me nas veias a adrenalina que me desencadeia a taquicardia que me faz sentir. Sentir-me!!
Penso no tempo! O tempo que me resta! O tempo que deixo restar!
Salta-me na voz o silêncio que se repete...em eco que vai murchando com o tempo.
O tempo sempre me incomoda a vontade de controlo. Saber que vivo para um dia morrer traz-me um sorriso nos lábios, mas o tempo que me auferiram à nascença rasga-me o sentido de sonhar. Cabrão do tempo! As rugas na mente trazem-me a loucura, já sentida, que será bem vinda à aceitação da morte.
O tempo foge fronte à minha retina e semicerro as pálpebras e vejo o nascimento dos actos. Se tudo entendesse que se passa dentro de mim, seria um tédio de pessoa...nenhuma. Deixo o tempo roçar as minhas vontades de viver, sem força de vontade de agarrar o agarrável. Porra! Não vale de nada a vontade quando não há oportunidade.... e o tempo sempre a lembrar-me quão inutil é um sorriso do nada, quando tudo se escorrega aos meus pés num ápice de uns anos.
Sinto a estranheza de uma vida que por vezes não sei de quem pertence. Não saber quem sou, são indagações que me imponho pelo pouco tempo que me resta e que sempre, de facto, deixei restar.

 

Elsa Menoita

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domingo, maio 15, 2011 - 18:37

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