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DÉCIMAS DA PANDEMIA
Positivo assintomático
Espalha o vírus no meio
Medroso e sem receio
O ativo e o estático
Quem complica e quem é prático
Leigo que é cientista
Contraditória entrevista
Ninguém sabe ou esclarece
Se tem tempo, ou permanece
O caso a perder de vista
Enquanto isso no aguardo
Por vacina ou remédio
Em meio à fome e o tédio
Tem magro ficando gordo
E sem tratado ou acordo
Livre mesmo estando preso
Há quem não muda de peso
Fica do jeito que era
E gordo que se supera
Subindo ao posto de obeso
Conquistas indesejadas
Chegam sem pedir esforço
Políticos e o discurso
Velhas promessas manjadas
Subidas desenfreadas
Dos preços na cesta básica
E nessa situação trágica
Só em casa, na espera
Chegou quem obeso era
À obesidade mórbida.
Sérgio da Silva Teixeira
BAGÉ/RS/BRASIL.
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Comentários
Coment
Li em seu poema o que eu penso...
Grandes verdades.
Por falar em pandemia,
enquanto o cão late,
o gato amedrontado mia.
Muitos têm medo da vacina,
porque enquanto a saracura
ela, talvez, vaticina
outra onda que vai chegar
para a humanidade reduzir,
paulatinamente, sem avisar.
Não haverá mais pobre,
não haverá mais indigente,
somente rico, somente nobre.
Porque neste planeta turbulento
uma pequena e rica minoria
de apenas 20%
irá sobreviver e reinar
feliz na plenitude material,
aguardando o apocalipse chegar.